Bias
=
VIÉS
1-) Diferença entre o valor estimado e o verdadeiro de um dado obtido por amostragem aleatória. Esta tendenciosidade é sistemática, distinguindo-se das causais, que tendem a cancelar-se mutuamente; tendenciosidade, predisposição, inclinação, parcialidade.
2-) O viés é um instrumento que permite ao presidente do Banco Central alterar o valor da taxa Selic no período compreendido entre as reuniões mensais do Copom (Comitê de Política Monetária). Assim, por exemplo, um viés de baixa significa que o Copom poderia reduzir a taxa Selic antes da próxima reunião do Comitê, que em geral é marcada para terceira semana de cada mês. Analogamente, o viés de alta permite ao presidente do BC elevar a Selic antes da reunião, enquanto a adoção do viés neutro garante que a decisão do Copom não será modificada até a próxima reunião do Comitê.
3-) Tendência verificada na análise de algum fenômeno da natureza ou situação estatística. Ex.: quando analisamos a média de acidentes de automóveis causados por mulheres em relação aos homens (levando-se em conta o total de homens e mulheres dirigindo), deveremos obter uma taxa inferior, dado o VIÉS gerado pela característica mais cautelosa da mulher.
4-) Distorção sistemática entre a medida de uma variável estatística e o valor real da grandeza a estimar. A introdução de um viés no cálculo estatístico pode estar ligada quer a imperfeição ou deformação da amostra que serve de base para a estimativa, quer ao próprio método de avaliação.
5-) Termo que designa tendência. No Brasil passou a ser utilizado nas reuniões do Copom (Conselho de Política Monetária). Uma vez por mês o comitê divulga a taxa básica de juros (Selic) e seu respectivo viés, que pode ser de alta ou baixa. Neste caso, o viés indica o que pode acontecer com a taxa no mês seguinte.
|