A transformação de grupos em equipes é um processo – expressa dinamismo,
movimento – que depende da comunhão de objetivos e da influência da cultura
organizacional.
Considerando que as equipes são grupos que evoluíram, para entender essa
trajetória é preciso estudar o processo de formação de grupo, em que
circunstâncias ele se constituiu e de que maneira atua.
Um grupo é uma reunião de pessoas com um ou mais objetivos comuns e que se
percebem como seus integrantes. A partir de sua constituição e ao longo de toda
a sua existência, o grupo sofre a influência de três fatores: o ambiente, o
próprio grupo e o indivíduo – e isso explica por que alguns grupos chegam a
transformar-se em equipes e outros não.
Em primeiro lugar, o grupo é influenciado pelo ambiente no qual se formou e
atua. O tipo de organização da qual faz parte, as facilidades ou dificuldades,
tanto materiais quanto psicológicas, e muitos outros fatores irão afetar esse
grupo positiva ou negativamente. Todo ambiente apresenta ameaças e oportunidades
que podem afetar a coesão do grupo e os sentimentos de seus membros.
Em segundo lugar, o grupo recebe influências de si próprio: seu tamanho, sua
missão, a ideologia dos seus integrantes e o efeito sinérgico resultante da
agregação. Assim quanto maior e mais heterogêneo for o grupo maior será a
diversidade de conhecimentos e habilidades disponíveis; por outro lado, também
poderá ser menor a oportunidade de participação e contribuição individual.
Em terceiro lugar, temos o indivíduo com seu conjunto característico de
traços de personalidade, conhecimentos, valores, interesses e experiências, os
quais, combinados àqueles dos demais integrantes, contribuem para que o grupo
tenha uma identidade e um desempenho específico.
O trabalho em equipe é um permanente processo de experimentação, troca e
aprendizagem. A competição e a cooperação representam um dos paradoxos das
equipes na atualidade. As organizações precisam ser competitivas e, ao mesmo
tempo, cooperar entre si através de parcerias que propiciem o melhor
aproveitamento do tempo, dos recursos e das oportunidades.
A competição, principalmente no mundo dos negócios e dos esportes, é uma
conduta institucionalizada e plenamente aceita, pois dela dependem o crescimento
e a melhoria da qualidade. Assim, a competição intergrupal, leal e aberta, pode
ser acatada com tranqüilidade.
Dentro da equipe, porém, a competição se dá num nível interpessoal, razão
pela qual é menos aceita, uma vez que o propósito não é o sucesso individual,
mas o resultado coletivo. É necessário vencer obstáculos [que podem estar no
ambiente, no grupo ou no indivíduo] e estabelecer uma parceria constante através
das quais as pessoas tendem a compensar suas limitações físicas, psicológicas,
sociais e intelectuais, absorvendo o entendimento que para competir é necessário
transformar muros em pontes.