Delegar é uma opção para gerentes que procuram resultados em grande escala.
Pense pequeno, faça você mesmo, não delegue, e colha frutos menores; do
contrário, delegue. Eis como as coisas costumam funcionar.
Para que a delegação flua, gerentes e equipes precisam observar três
pré-requisitos: (1) confiança recíproca; (2) competência técnica e interpessoal
para assumir a responsabilidade delegada; (3) compromisso com metas comuns; e,
(4) comunicação em tempo real sobre o andamento das atividades delegadas.
Todos estes elementos são necessários. Exemplo: a falta de confiança por
parte do gerente pode ocorrer independentemente da competência dos subordinados.
O gerente simplesmente não delega, e se o faz, fica mais estressado e preocupado
com o desenrolar do trabalho delegado do que se tivesse tomado a si a execução.
Agindo assim, perdem-se as vantagens propiciadas pela delegação e perde-se,
igualmente, em termos de produtividade, dado que o gerente fará o trabalho de
outro em prejuízo do próprio e os subordinados ficarão livres da incumbência,
graças à boa ação do big boss ou se sentirão melindrados por não merecerem a
devida confiança da parte do superior.
Assim, para não passear pela organização com os macaquinhos alheios nos
ombros, (outro produto da não delegação), o gerente deve ter clareza sobre:
1. Coisas que só cabe a ele: fixar prioridades; gerir a equipe; criar
disciplina; responder pela Área e pelos resultados da equipe perante os
superiores e a empresa.
2. Coisas que deve fazer junto com a equipe: planejar; analisar
problemas operacionais; aperfeiçoar os métodos de trabalho, produtos e serviços.
3. Coisas que deve delegar à equipe: auto-supervisão de tarefas
inerentes aos cargos; resolução de problemas técnicos menos complexos que não
requerem dispêndio de recursos não previstos no orçamento; representar o gerente
em reuniões e/ou comissões técnicas em que o delegado tem igual ou maior
conhecimento; orientar e treinar funcionários novos ou inexperientes.
Para que a teoria da delegação funcione é preciso compartilhar o poder com os
subordinados devidamente capacitados e cuidar que as novas responsabilidades não
os prejudiquem nas tarefas usuais do cargo. Delegar não é colocar alguém na
frigideira e fritá-lo, seja por que carece de know-how para assumir a
responsabilidade, seja devido a conflitos de prioridades entre o que é delegado
e suas funções cotidianas.