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Carreira / Emprego - Quando o QA vale mais que o QI 

Data: 29/10/2009

 
 
Sempre se falou muito das habilidades e capacidades que um candidato precisa ter para ocupar determinados cargos dentro das empresas

Há pouco tempo, por exemplo, falar uma segunda língua era um diferencial. Hoje, as empresas buscam mais do que um segundo idioma, mas também cursos de pós-graduação, experiências internacionais e ações voluntárias. Tudo isso é fundamental para complementar o currículo. Porém, este cenário já não é o mesmo nos dias de hoje.

Para lidar com as constantes mudanças e dificuldades do dia a dia e ainda se destacar no mercado de trabalho, hoje, espera-se do profissional outros tipos de capacidades e atitudes comportamentais, como um alto grau de Quoeficiecia de Adversidade (QA).

Estima-se que as pessoas enfrentem cerca de 30 situações de adversidade por dia, sendo que a maioria delas ocorre no âmbito profissional. Assim, no mundo corporativo, ganham destaque aqueles profissionais que são capazes de enfrentar os problemas, trazendo soluções em vez de novos questionamentos. Por outro lado, quando uma pessoa não está apta a lidar com essas situações, suas incapacidades para enfrentá-las aparecem e, por conta disso, reagem negativamente e na “contramão” do que é esperado delas pelas organizações.

O que determina o desempenho do profissional nos momentos de dificuldade é a sua resiliência, ou seja, a capacidade que ele tem para lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão em momentos mais complicados. Enquanto alguns profissionais reagem negativamente, outros se levantam rapidamente. O resiliente tem essa habilidade de reação sem perguntar ou perder tempo.

Quanto maior a resiliência, maior é o Quoeficiente de Adversidade (QA). O QA reflete a facilidade do indivíduo em recorrer a experiências anteriores que trouxeram algum aprendizado. Um exemplo prático de como o QA influencia nosso desempenho do dia a dia é quando um estudante que conhece toda a matéria não consegue se lembrar de nada na hora da prova. Isso acontece por causa da pressão sofrida no momento, associada à habilidade de lidar com isso.

Profissionais com alta resiliência influenciam e transformam o ambiente, em vez de serem transformados por ele. São, em geral, pessoas bem-humoradas que, mesmo nas piores situações, conseguem estar satisfeitos. Além disso, pessoas com alta resiliência não somente têm maior capacidade para resolver ou solucionar problemas, como também têm maior qualidade de vida e longevidade.

Em contrapartida, pessoas com baixo grau de resiliência estão sempre insatisfeitas, tendendo a ser negativas, reclamam demasiadamente, são dramáticas, dispersas, adoram se justificar e sempre se colocam na posição de vítimas da situação.

Mesmo quando uma pessoa não apresenta tais características de QA, é possível ainda desenvolvê-las. Para isso, é necessário mudar a forma de pensar e agir, observando sempre o outro lado com uma visão crítica e aberta de como fazer diferente. A própria empresa e o departamento de RH podem buscar informações e meios para auxiliar nesse processo.

Ter em mente essas questões é de extrema importância para o desenvolvimento de uma carreira promissora. A resiliência é considerada um dos principais fatores de sucesso a longo prazo e, por isso, deve receber especial atenção dos profissionais e, claro, das organizações.

Sob este aspecto, fica fácil concluir que, para se ter uma equipe com alto desempenho, é necessário que os recursos humanos sejam resilientes, característica que beneficia, mutuamente, o profissional e a empresa. Este é, portanto, um papel de suma importância para as lideranças das organizações.



 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Sandra Maura
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