Carreira / Emprego - Síndrome de Burnout: saiba mais do tratamento e prevenção
A Síndrome de Burnout, que nada mais é do que um distúrbio psíquico causado por
esgotamento físico e mental intenso associado ao trabalho, acomete cada vez mais
profissionais. O que muitos deles não sabem é que ela pode ser tratada com
medidas simples.
De acordo com o especialista em Medicina do Trabalho do Lavoisier Medicina
Diagnóstica, Rui Bocchino Macedo, o tratamento mais indicado é o acompanhamento
psicológico contínuo. "A pessoa tem de aprender a interpretar suas emoções e seu
comportamento de modo adequado, refletir sobre como lidar de uma maneira melhor
com sua vida".
Colaboração das empresas
Como a síndrome está relacionada ao ambiente de trabalho, Macedo disse que as
empresas também podem ajudar no tratamento, bem como na prevenção. De que
maneira?
"Criar ações para favorecer um bom clima corporativo e aliviar o estresse,
propiciar condições adequadas ao desenvolvimento das atividades, investir em
treinamento, ter clareza nas avaliações de desempenho e respeitar o cumprimento
das férias são algumas medidas que a corporação pode incorporar".
Ainda sobre a prevenção e tratamento da Síndrome, ele dá as seguintes
orientações para os profissionais:
- Peça ajuda para resolver seus problemas;
- Não tenha medo ou receio de expor suas fragilidades;
- Repense seu perfeccionismo;
- Delegue funções para não se sobrecarregar;
- Organize sua rotina de trabalho;
- Invista em lazer, vida social e atividade física.
Mais sobre a síndrome
O termo Burnout passou a ser usado na década de 1970 pelo médico dos Estados
Unidos Freudenberger, que se referia às pessoas que "se queimavam"
excessivamente devido ao trabalho assistencial, a ponto de ter um desgaste
intenso de energia e recursos.
A pessoa se sente esgotada, com falta de energia e de recursos emocionais
próprios para lidar com as rotinas da prática profissional. Por isso, a síndrome
pode ser confundida com estresse ou depressão, mas sua característica marcante é
a dedicação exagerada à atividade. Quando o profissional não é reconhecido, a
satisfação acaba se transformando em uma compulsão.
"Em um primeiro momento, é preciso observar fatores como falta de vontade de ir
trabalhar e sintomas físicos como dores nas costas, pescoço e coluna, sem causas
específicas. Em um segundo momento, o que começa a deteriorar é o relacionamento
com outras pessoas. Daí, surgem doenças psicossomáticas, como alergias e picos
de hipertensão. Detectados esses sintomas, é bom procurar imediatamente um
médico".
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Flávia Furlan Nunes
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