Certamente, você conhece pessoas que são ótimas para dar idéias e palpitar,
mas na hora de fazer acontecer não conseguem. Por outro lado, também deve
conhecer gente que dificilmente sugere algo, porém é excelente para executar as
idéias dos outros. E há aquelas que conseguem dar idéias e fazem acontecer,
focalizando o processo operacional e o resultado. Esse tipo de gente é mais
raro, mas existe.
Cada um com a sua cara
Por que tanta diferença? Porque as atitudes das pessoas estão relacionadas com a
forma como pensam. Isso está diretamente ligado à constituição cerebral, que foi
desenhada conforme os ensinamentos no decorrer da sua vida e, conseqüentemente,
formam seu modelo mental. Trocando em miúdos, há pessoas que possuem o
hemisfério direito mais desenvolvido que o esquerdo ou vice-versa, por isso
existem comportamentos diferentes.
Os que apresentam o hemisfério cerebral direito mais desenvolvido têm maior
facilidade para identificar oportunidades. Esses indivíduos estão sempre
conectados com tudo que acontece e apresentam uma riqueza fantástica de ideias e
inovações. Já os que apresentam o hemisfério esquerdo mais desenvolvido possuem
maior facilidade para analisar e escolher as melhores idéias para serem
colocadas em prática, ou seja, sabem fazer acontecer. Normalmente, são pessoas
que observam as variáveis, como tempo, custo, retorno do investimento, lucro e
processo de execução.
Como já comentei, são raras as pessoas que conseguem dar idéias e fazer
acontecer. Então, quando trabalhamos em equipe, o ideal é aproveitar a
diversidade, pois certamente existem em seu grupo diversos perfis de mentes
criativas. Vou sugerir algumas dicas para você e sua equipe colocarem em prática
ao buscar novas idéias. E não esqueça que todo processo de inovação tem as
seguintes etapas: busca de oportunidades, decisão, plano de ação, avaliação e
mensuração. Agora, confira as sugestões:
1. Identificação do estilo de personalidade
O ideal é descobrir o perfil de cada pessoa de sua equipe, ou seja, identificar
as que são boas para enxergar oportunidades, as que são melhores para criar
alternativas e as que sabem decidir. Além, é claro, de descobrir os indivíduos
que fazem acontecer, projetando e avaliando resultados.
2. Criação de grupos heterogêneos
É comum procurarmos pessoas que pensam como nós para trabalhar conosco, porém
para que haja um bom processo criativo, é preciso ter grupos heterogêneos.
Assim, cada um utilizará sua inteligência particular no momento certo.
3. Casamento entre o criativo e o acabativo
O ideal é fazer uma união entre pessoas criativas e as que colocam as idéias em
prática, mas isso nem sempre é simples. Para que funcione, as pessoas precisam
desenvolver seu autoconhecimento e aprender mais sobre processo criativo.
4. Processo sistêmico
Percebe-se, de uma forma geral, nos grupos de treinamentos que as pessoas nem
sempre destinam tempo para o pensamento divergente. Às vezes, pensam em um
número insignificante de idéias e logo partem para a implantação, atropelando o
processo. Para se ter uma boa idéia, no entanto, é preciso ter várias sugestões
e critérios de avaliação.
5. Criação de critérios
Ao se estabelecer o número de critérios para avaliar e classificar uma idéia, é
preciso considerar o desenho da empresa, missão, produtos e serviços. Com base
no processo de escolha, pode-se criar um banco de idéias, que será sempre
reajustado e alimentado por categorias, critérios, fatores e formas de medição.
6. Venda e compra de idéias
Toda sugestão deve ser apresentada e comprada considerando os modelos mentais,
desenho e gestão de projeto. É fundamental avaliar também as variáveis iniciais
de implantação, projeção e resultado previsto.