Carreira / Emprego - Na falta de carisma, como o gestor deve se portar?
As empresas estão sempre em busca de um líder carismático, capaz de
influenciar pessoas e, mais do que isso, de fasciná-las. Mas este é um dom
natural, que encontramos entre empresários, artistas, políticos e cidadãos
comuns também!
A questão é que não dá para forçar o carisma, pareceria artificial. O que alguém
em cargo de chefia deve fazer, então, na falta do carisma?
Celina Beatriz Gazeti, especialista em gestão de talentos da Vox Solutions, uma
empresa do CLIV Solution Group, explica que a falta do carisma não impede um
profissional de ser um grande líder.
Segundo a especialista, ele pode influenciar seus liderados por meio das
seguintes variáveis: lógica, coerência, competências técnicas, maturidade, poder
de síntese, capacidade de análise, e inteligência emocional - o que pode ser
interpretado como a facilidade de se relacionar com o próximo.
O erro do líder carismático
"Certamente, a falta de carisma pode se transformar em antipatia e em um
obstáculo na hora de liderar", admite Celina.
No entanto, ela enfatiza que mesmo o líder que cativa a equipe corre riscos. "O
líder carismático chama atenção pelo seu jeito de ser e pela sua visão de mundo,
não necessariamente por seu preparo. O que está a favor desse líder é a adesão
do entorno, mas, se ele negligenciar as competências técnicas e não transformar
conhecimento em ação, tomando decisões calcadas na emoção, corre um risco maior
de errar".
Ideal é ser um líder educador
Para Celina, o ideal para todos os gestores é ser um líder educador, que
desenvolve as pessoas de sua equipe e delega responsabilidades, mas nunca
deixando de reconhecer que é o responsável pelo trabalho final. Ninguém faz no
lugar dele, e sim com ele.
Ele envolve e influencia as pessoas usando a lógica, a coerência, seu expertise
e experiência, seus conhecimentos técnicos, e até mesmo as emoções, mas de forma
ponderada. "Esse líder não nega as emoções. Pelo contrário, sabe lidar com
elas".
Tudo isso, somado ao desenvolvimento da ética e da moral, sem as quais todo o
resto se perde, substitui o carisma.
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