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Finanças pessoais - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad  

Data: 20/10/2008

 
 
Já imaginou tirar uma fotografia aonde fosse possível visualizar todas as diferenças sociais e econômicas de cada região do Brasil? Seria tão bom, não é mesmo? Sobretudo para governantes, que poderiam acompanhar os resultados de suas políticas públicas e elaborar mudanças e ajustes quando necessário.

Pois é exatamente essa a função da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), uma das mais importantes e abrangentes pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): tirar um raio-x da situação social, econômica e demográfica do País. E para quem não sabe, em 2007, a PNAD comemora 40 anos de “fotografias” (sua primeira edição ocorreu em 1967).

Conheça, nas próximas páginas, as origens da PNAD, o que exatamente ela investiga, suas principais características e como é realizada.

Como surgiu

Foi na década de 60 que se chegou ao consenso de que o Censo, por ser realizado de dez em dez anos, não atendia plenamente a demanda por informações sociais, econômicas e demográficas da população do País. Mais do que isso, tais informações não eram detalhadas suficientemente para, por exemplo, servir de base a pesquisas e estudos mais complexos.

As pesquisas por amostra de domicílios, neste sentido, caíam como uma luva. O número de entrevistados era reduzido se comparado ao Censo. E permitia, ainda, uma coleta de dados em profundidade e não em quantidade.

A Pnad vem sendo realizada no Brasil desde o ano de 1967, com um duplo objetivo: suprir a falta de informações sobre a população brasileira durante o período entre os censos e estudar temas insuficientemente investigados ou não contemplados nos censos demográficos decenais.

Sua implantação ocorreu simultaneamente em diversos países da América Latina, que, na época, contou com o apoio e o subsídio da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Instituto Interamericano de Estatística (IASI).

Durante os três primeiros anos a Pnad foi realizada trimestralmente. A partir de 1971 (e até os dias de hoje) passou a ser realizada anualmente. Só não foi realizada nos anos em que o IBGE realizou o Censo Demográfico (1970, 1980, 1991 e 2000) e excepcionalmente em 73 e 74, quando foi feito o Estudo Nacional da Despesa Familiar - Endef.

No início, a pesquisa abrangia somente as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, além do Distrito Federal. Em 1973, foi ampliada para a área urbana das regiões Norte e Centro-Oeste. Em 1981, a Pnad já cobria praticamente todo o território nacional, com exceção apenas das áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, que representavam, em conjunto, cerca de 3% da população brasileira. Estas só seriam incluídas na área pesquisada da Pnad em 2004.

Durante toda a década de 80, o questionário da Pnad permaneceu praticamente inalterado. A partir de 1987, foi introduzida a investigação da cor das pessoas e, de 1988 em diante, foram acrescentadas as perguntas sobre rádio e televisão.

A Pnad foi se tornando, com o tempo, uma pesquisa gigantesca, com inúmeras possibilidades de cruzamento de informações. Ela é tão grande que, atualmente, é organizada em três partes: básica, suplementar e especial.

A maratona da PNAD

Todo ano, nos meses de outubro, novembro e dezembro, sai a campo o exército da PNAD. São 2 mil pesquisadores que, durante três meses, entrevistam aproximadamente 470 mil pessoas, percorrendo um total de 140 mil domicílios em todo o território nacional. As entrevistas levam, em média, de 20 a 45 minutos. Uma verdadeira maratona.

Para ser um pesquisador da Pnad, o IBGE exige apenas nível médio completo, apesar de que o número de integrantes com nível superior (completo e incompleto) aumenta a cada edição da pesquisa, devido à popularização dos cursos universitários.

Ademais, nunca um pesquisador poderá exercer a função por mais de dois anos: são admitidos como trabalhadores temporários. Após este período, ou é admitido como funcionário, ou é dispensado.

Até 2006, a coleta de dados era feita com um formulário de papel comum. Nesse ano, pela primeira vez, assim como no Censo, serão utilizados computadores de mão (PDA’s). Espera-se, com a medida, reduzir o tempo entre a coleta de dados e a divulgação dos resultados da pesquisa.

O IBGE gasta nove meses para tratar dados, gerar os resultados da pesquisa e realizar as devidas análises e comparações. Somente em setembro do ano seguinte à coleta, a Pnad é divulgada - os resultados do ano vigente serão sempre relativos ao ano anterior.

Importante frisar que todas as perguntas se referem à última semana do mês de setembro. Eles perguntam, por exemplo, assim: “Você estava ocupado na última semana de setembro?”. A Pnad é, portanto, uma fotografia da última semana de setembro do respectivo ano.

O que é perguntado

Falar que a Pnad investiga os aspectos sociais, econômicos e demográficos da população brasileira soa um tanto quanto genérico, não é mesmo? Afinal de contas, o que a Pnad traz de informações? Veja a resposta no quadro abaixo:

Características Variáveis
Demográficas
e sociais
  • Sexo, cor, condição na unidade domiciliar, posição na família e no domicílio, número na família e data de nascimento dos moradores.
Educacionais
  • Alfabetização, escolaridade (série e grau freqüentados) e nível de instrução das pessoas que não são estudantes (última série concluída e grau correspondente).
Mão-de-obra
  • Para as pessoas de 10 anos de idade ou mais: condição de atividade.
     
  • Para as pessoas ocupadas: ocupação, atividade e posição na ocupação no trabalho principal, horas normalmente trabalhadas por semana no trabalho principal e nos outros trabalhos, e se é contribuinte de instituto de previdência pelo trabalho.
     
  • Para as pessoas desocupadas: tempo de procura de trabalho, ocupação, atividade, posição na ocupação e motivo da saída, se recebeu fundo de garantia, e tempo de permanência em relação ao último trabalho remunerado;
Rendimento
  • Rendimento mensal normalmente recebido do trabalho principal e dos outros trabalhos, aposentadoria, pensão, abono de permanência, aluguel e outros rendimentos;
Habitação
  • Espécie de domicílio.
  • Para os domicílios particulares permanentes: tipo, estrutura, abastecimento de água, esgotamento sanitário, uso de instalação sanitária, destino do lixo, iluminação elétrica, número de cômodos, condição de ocupação, aluguel ou prestação mensal, filtro de água, fogão, geladeira, rádio e televisão.

A PNAD é dividida em 3 partes: básica, suplementar e especial. A pesquisa especial, no entanto, não é necessariamente realizada todos os anos. Vejamos abaixo como funciona cada uma delas.

Pesquisa Básica: dedicada à investigação contínua da situação sócio-econômica do Brasil. Esta parte é composta pelos temas: características gerais da população, migração, educação, trabalho, famílias, domicílios e rendimentos.

Pesquisa Suplementar: dedicada ao aprofundamento de temas relevantes no ano da pesquisa. Já foram investigados na pesquisa suplementar temas como telefonia móvel, acesso à internet e programas de transferência de renda. O tema escolhido para 2007, fruto de um convênio entre o MEC, Ministério da Educação e o IBGE, é a educação de jovens e adultos (supletivo) e educação profissional (cursos de qualificação profissional, cursos técnicos e graduação tecnológica).

Pesquisa Especial: o IBGE, em alguns anos, realiza pesquisa por amostra de domicílios para temas socialmente relevantes, cujos resultados não podem ser obtidos através da mesma base pesquisada na parte básica. Por este motivo, esta parte é chamada de especial.

Em 86, por exemplo, a PNAD levantou informações sobre anticoncepção (formas e métodos contraceptivos). Contudo, a última edição da Pnad não teve parte especial.

­Troca-troca

Os temas pesquisados em cada uma das partes da Pnad não precisam necessariamente permanecer aonde estão. Alguns temas suplementares, por exemplo, podem ser absorvidos na pesquisa básica (foi o caso da telefonia celular e do acesso à internet).

Por outro lado, temas pesquisados na parte básica podem ser investigados com mais profundidade na parte suplementar da pesquisa. A questão das etnias é um bom exemplo disso: foi incorporada há mais de 20 anos na básica e também já foi objetivo de pesquisa suplementar.

Como toda pesquisa estatística, os resultados da Pnad são estimativos, para que fossem absolutos seria necessário pesquisar toda a população (e, convenhamos, entrevistar 190 milhões de brasileiros é uma tarefa, no mínimo, hercúlea).

Mas o resultado estimado não significa que as informações não são confiáveis, ou que o relatório não representa efetivamente a realidade nossa sociedade. Pelo contrário, a margem de erro da pesquisa é de 3 a 5%.



 
Referência: hsw.com.br
Autor: Celso Monteiro
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