Imóveis - Moradores não querem assumir responsabilidades e síndico se torna profissão
Resolver problemas de vazamentos, fiação elétrica, lidar com as divergências
de opinião e ainda ter um domínio sobre finanças. Estas são algumas das funções
de um síndico em um condomínio, encaradas como 'problemas' pela maioria dos
moradores, que não querem assumir o posto.
Por este motivo é que muitos conjuntos de casas e apartamentos têm terceirizado
o tipo de serviço. Os síndicos contratados são uma tendência na cidade de São
Paulo, principalmente quando levamos em consideração a expansão imobiliária. Com
um maior número de unidades construídas, eles se tornarão cada vez mais
requisitados.
Responsabilidades
Qualquer pessoa pode assumir a função, como o que acontece quando um morador é
escolhido. Para ser um profissional, por sua vez, a preferência é por quem tem
formação superior nas áreas de contabilidade, engenharia ou direito.
"Ser síndico é ter muitas responsabilidades, principalmente jurídicas", disse o
engenheiro Edson Carvalho ao Diário do Comércio. Ele começou como síndico do
próprio prédio e, agora, já cuida de três unidades. De acordo com ele, quando as
finanças não estão em ordem, é necessária a presença diária. Quando tudo está
sob controle, por sua vez, visitas frequentes são mais adequadas.
Síndicos
Quando o síndico é um morador do prédio, ele pode ou não ter um salário,
dependendo do que foi acordado em assembléia pelos proprietários. Normalmente, a
vantagem financeira que ele tem é a de ficar isento do pagamento do condomínio.
Este morador ainda conta com um imóvel-garantia, para eventuais prejuízos na
gestão.
Já o profissional contratado conta com um salário. De acordo com o
vice-presidente de administração imobiliária e de condomínios do Secovi-SP
(Sindicato da Habitação), Hubert Gebara, ele é mais indicado a condomínios
grandes, com número expressivo de moradores, ou quando ninguém quer se
responsabilizar pelo cargo.
"Ele assume todas as responsabilidades vinculadas à gestão, principalmente se
houver falha ou negligência na administração do condomínio".
Salários
Segundo o presidente do Sinconedi (Sindicato dos Condomínios e Edifícios do
Município de São Paulo), Arnaldo Camilo, o salário do síndico profissional
depende do tipo de administração, número de moradores e do tamanho do condomínio
que vai cuidar.
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