Finanças pessoais - Andar de táxi ou manter um segundo carro, o que custa mais?
De acordo com levantamento do Cefipe (Centro de Estudos de Finanças Pessoais e
Negócios), manter um segundo carro pode custar R$ 10 mil a mais por ano, em
comparação com andar de táxi.
O estudo, ao considerar um carro no valor de R$ 40 mil, calcula que seu custo
mensal supere os R$ 1.900. Por esse mesmo valor, ainda segundo o Cefipe, é
possível andar de táxi, realizando o mesmo trajeto rodado pelo carro particular,
economizando mais de R$ 900 por mês.
Cálculo equivocado
Segundo o centro de estudos, poucos percebem essa grande economia, pois a
maioria das pessoas considera apenas o combustível, o seguro, a manutenção e os
impostos no cálculo do custo do segundo carro próprio.
É necessário acrescentar à conta uma série de outros fatores, como a depreciação
do automóvel e o que o proprietário ganharia se a mesma quantia estivesse
investida no banco.
"Andar de táxi é mais seguro e barato do que ter que pagar IPVA (Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores), gasolina, seguro e outras despesas",
afirma o presidente da Adetax (Associação das Empresas de Táxi de Frota do
Município de São Paulo), Ricardo Auriemma.
Confira a tabela abaixo com os itens e seus respectivos gastos, no caso de um
segundo carro e de um táxi:
Quanto se gasta
mensalmente para manter o segundo carro (em R$) |
|
Segundo carro
de R$ 40 mil |
Taxi |
1. Depreciação |
444 |
0 |
2. IPVA |
134 |
0 |
3. Licenciamento |
10 |
0 |
4. Multas |
7 |
0 |
5. Seguro |
200 |
0 |
6. Franquia |
33 |
0 |
7A. Estacionamento mensal |
80 |
0 |
7B. Estacionamento avulso |
72 |
0 |
8. Zona azul |
15 |
0 |
9. Combustível |
480 |
0 |
10. Lavagem |
30 |
0 |
11. Troca de óleo |
20 |
0 |
12. Manutenção |
111 |
0 |
13. Polimento |
20 |
0 |
14. Perda da aplicação |
260 |
0 |
15. Andar de táxi (mensal) |
0 |
1.008 |
Total |
R$ 1.916 |
R$ 1.008 |
Fonte: Cefipe (Centro de Estudos de Finanças Pessoais e
Negócios)
Modelos compactos
Segundo a Molicar, é preciso ter cuidado com o cálculo, pois ele varia de acordo
com o modelo do segundo veículo. No caso de automóveis de luxo, a
comercialização é voltada ao status e design atualizado, tendendo de fato a uma
depreciação considerável e a baixa procura pelos modelos usados.
Mas, em se tratando de veículos compactos, como os "populares" e as pickups de
modelos leves, a depreciação não é grande, chegando no teto de 6% ao ano.
No primeiro caso, a grande ressalva refere-se à variação do mercado: se surgir
um compacto mais barato, o preço do usado pode depreciar em níveis maiores. Em
contrapartida, se o modelo aumentou de preço até o momento da venda, o usado
acompanhará essa alta.
De qualquer forma, os "populares" tendem a atrair o interesse do mercado. Se for
uma pickup, então, a venda é certa, pois há um grande interesse das
transportadoras de pequeno e médio porte.
Seria recomendável a aquisição desses últimos modelos, de acordo com a Molicar,
pois a utilização de táxis pode trazer problemas quanto à sua disponibilidade
para corrida.
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