Consumidor - Apesar de contar cada centavo, baixa renda não decide compra por preço
Apesar de levar em consideração cada centavo que ganha, a população de baixa
renda nem sempre decide a compra avaliando o preço mais barato, revelou o
relatório Winning over the Next Billion Consumers in Brazil, realizado
pelo The Boston Consulting Bank.
Eles gastam meses com pesquisa, para analisar os benefícios funcionais, técnicos
e emocionais do produto. Procuram o melhor possível, dentro do que o orçamento
permite, e não se contentam com versões simplificadas, se acarretarem em queda
da qualidade. Por terem orçamento apertado, eles compram marcas confiáveis e
duráveis, porque não querem correr riscos.
Guiados pela qualidade
Em 20% das decisões de compra, os brasileiros dessa parcela da população
procuram opinião e aconselhamento de amigos e familiares. Além disso, quanto
mais caro o produto, maior a preocupação de comprovar sua qualidade.
Quase 60% dessas pessoas ainda disseram que um vendedor já os ajudou a fechar um
negócio. Sobre os hábitos de compra, ainda é possível perceber que 16% preferem
os hipermercados e evitam o formato self-service, por considerá-lo intimador.
Compras
Os dados mostram que a população de baixa renda possui um aparelho de televisão,
o que propicia o aumento da consciência sobre produtos e marcas. A maioria
possui fogão, muitos têm geladeira e DVD player. Grande parte poupa para comprar
uma máquina de lavar roupas. Depois do carro e da casa própria, computador é o
bem mais desejado.
Os brasileiros de baixa renda, ou next billions, são aqueles que vivem desde o
topo da classe E até a base da classe C. Eles são 34 milhões de domicílios,
próximos à viabilidade econômica e ávidos para consumir. Quase dois terços são
casados e seus núcleos possuem quatro membros, em média, dos quais pelos menos
dois contribuem para a renda familiar.
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