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Entrevista de emprego - Vencendo a ansiedade dos colaboradores (candidatos a vaga) 

Data: 17/09/2007

 
 

Abre-se uma vaga na empresa e logo o RH entra em ação. Nesse momento, é preciso ter o máximo de atenção na escolha do futuro profissional que irá suprir as necessidades da organização. Ao término do processo seletivo, o alívio da missão cumprida! Em parte, pois chegou a hora de integrar o funcionário à realidade organizacional. Até aí, tudo bem, poderia pensar o leitor. Basta apenas contar com bom programa de integração para solucionar a questão. E se o colaborador for uma pessoa com potencial, mas que apresente ansiedade ao assumir atribuições? Isto poderia atrapalhar seu desempenho?

Para a gerente de Administração e Desenvolvimento de RH da Abbott, Luciana Carvas, toda mudança gera expectativas, mas profissionais com mais experiência, em geral, sabem lidar melhor com as alterações de rumo na carreira. "Noto que as pessoas estão mais conscientes das necessidades de desenvolver características como flexibilidade e adaptabilidade, fruto da realidade de mercado que se apresenta em constante ebulição", avalia.

A comunicação, segundo Carvas, seria a base para minimizar a ansiedade natural de novos colaboradores. Para isso, ela afirma que ainda na seleção, o RH deve se colocar no lugar do funcionário e imaginar a forma que gostaria de ser tratado. E no decorrer o processo seletivo, algumas ações podem facilitar tanto a vida do RH, quanto a do futuro colaborador.

Dentre os conselhos dados pela gerente da Abbott para minimizar a ansiedade, estão: a rapidez nas respostas - ao término de cada fase da seleção; em conjunto com à área requisitante, o selecionador pode dar orientações/definições claras e objetivas quanto ao cargo, às atribuições, ao salário, aos benefícios e à data de admissão. Além disto, a empresa pode realizar a integração no primeiro dia de expediente.

"Lembro de um caso que aconteceu em outra empresa, na qual trabalhei. Marcamos com um novo colaborador, para que ele iniciasse numa determinada data e ele estava tão nervoso que entendeu errado e compareceu uma semana antes. Confirmamos o dia correto mais uma vez e dois dias depois, ele compareceu novamente só para se certificar de que não havíamos esquecido dele", recorda.

Para Carvas, um pouco de ansiedade é natural, principalmente quando o ser humano busca novas conquistas. Entretanto, o equilíbrio precisa ser mantido e a boa imagem deve ser cultivada desde o primeiro contato.

Responsável pela integração da Abbott, Luciana Carvas explica que a empresa - que atua no setor farmacêutico, possui um programa neste sentido. A ação dividi-se em duas etapas: no dia da admissão e até 45 dias após o ingresso do novo funcionário na empresa. "No primeiro dia, damos as boas-vindas, desenvolvemos dinâmicas de quebra-gelo com os grupos, explicamos os benefícios mais detalhadamente, orientamos sobre toda a parte referente aos documentos, contratos de trabalho, entre outros. Em seguida, é realizada a integração com as áreas de comunicação interna, segurança, treinamentos técnicos gerais - obrigatórios, por se tratar de uma fábrica", salienta.

Um mês e meio depois, o segundo dia de integração explora assuntos como avaliação de desempenho e programas de treinamentos. Nesta fase, a empresa apresenta um módulo específico para explicar aos novos colaboradores sobre o processo produtivo e detalhes importantes sobre o negócio, incluindo uma visita à fábrica, independente do cargo que o funcionário exerça. "A intenção é que todos se sintam parte do negócio e saibam exatamente onde estão inseridos no processo. É fantástica a sinergia que conseguimos obter com esta iniciativa", finaliza Carvas.



 
Referência: rh.com.br
Autor: Patrícia Bispo
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