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Filhos - Ser é ter? Identifique quais conceitos têm impressionado o seu filho no dia-a-dia 

Data: 12/09/2007

 
 
Você faz o maior discurso no fim de semana com seu filho, dizendo que o importante não é o que vocês têm, mas sim o que são. Usa alguns exemplos e ele parece ter entendido bem a lição. Aí, na segunda-feira, o melhor amigo dele literalmente mobiliza a escola, ao mostrar seu mais novo presente: o mais recente e tão cobiçado lançamento de um game de bolso.

Naquele momento, seu filho viu que ser "bacana" com os amigos não surte tanto efeito no quesito "impressionar". Quando ele lhe conta a história, você logo pensa: "meu discurso fracassou".

Mais do que educação... Formação
Não há como desprezar a impressão que o "ter algo" causa em um grupo, sobretudo em se tratando de crianças e adolescentes. Seu filho viverá muitas cenas parecidas com esta. Afinal, o consumismo está aí para todo mundo ver!

Cabe a você transmitir o que realmente importa: nem tudo é o que parece, principalmente quando se fala em dinheiro. Imaginando ainda a tal cena vivenciada na escola, por exemplo, mostre a ele algumas hipóteses:

• o pai do menino pode ter se endividado em incontáveis prestações, só para não dizer não ao filho. Talvez nem mesmo consiga pagar pelo objeto que hoje impressiona tanto...
• o amigo pediu o game emprestado ao primo e disse que era seu, só para impressionar!

Já tendo introduzido o assunto, continue: será que seu amigo realmente possui algo que importa? Daqui a alguns dias, possivelmente outros comprarão o tal game. Sua novidade passará, assim como o tremendo interesse de todos pela sua companhia.

Exemplo vem de casa
Uma dica importante: falar sem praticar se torna um perigo na educação financeira do seu filho. Isso significa que, se você é o primeiro a enaltecer a posição social de alguém ou mesmo exibir a sua, a situação se complica.

Um exemplo? Se você teima em comprar a calça da moda por R$ 500, mesmo estando com o orçamento apertado e sabendo que poderia adquirir uma por menos de um quinto do preço com a mesma qualidade, cuidado! Ficará difícil querer que seu filho pense da forma correta.

E outro ponto: é preciso aprender a dizer não para o seu filho. Se você não resiste a uma cara feia e já vai logo comprando o que ele quer, cuidado! Pode ficar complicado reverter o problema no futuro.

E por que não?
Não deu para comprar o tênis de marca? Diga não sem medo ou pena, simplesmente explicando os motivos. Você não precisa lamentar todas as contas que deve pagar no mês, mas argumentar que este não é o melhor momento, que passa por uma dificuldade e que ele pode, sim, apoiá-lo, para reverter a situação.

Pode ainda estabelecer regras e ensinar-lhe a enxergar prioridades. Para que comprar um outro tênis agora, já que tem a sapateira lotada? Não seria melhor economizar para viajar em um fim de semana, ou planejar sua festa de aniversário? Estabeleça metas e convide-o a participar.

Para a vida toda
Criar seu filho dentro da realidade financeira da família não é nenhum drama. Não há qualquer sofrimento nisso, já que a intenção é exatamente destacar valores, princípios que devem ser transmitidos desde muito cedo e que realmente importam.

Muito mais do que ensinar seu filho a lidar com o orçamento e a expandir seu patrimônio de forma segura e independente no futuro, a educação financeira tem como base a construção de conceitos úteis hoje, amanhã e sempre.

Certamente ele saberá usar muito melhor o dinheiro, e poderá fazê-lo se multiplicar, se conseguir enxergá-lo como um meio, e não um objetivo de vida.


 
Referência: Administradores.com.br
Autor: infopessoal
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