Finanças pessoais - Planejamento financeiro ajuda a aproveitar a vida. Confira os 10 mandamentos!
Planejar. Essa é a palavra chave para qualquer pessoa que deseja ter uma relação
saudável com suas finanças.
No entanto, engana-se quem imagina que planejar é nunca gastar e apenas poupar.
"Dinheiro é bom e também foi feito para ser gasto e nos ajudar a aproveitar a
vida. No entanto, de nada adianta consumir descontroladamente e sentir um grande
prazer imediato, se horas depois a pessoa vai se culpar por ter gasto mais do
que poderia", explica a diretora-presidente da Gradual Corretora, Fernanda de
Lima.
Em palestra realizada na terça-feira (28) para membros do clube de investimentos
Gradual Mulher, Fernanda explicou que com um bom planejamento financeiro é
possível descobrir quais gastos estão sendo excessivos e quais hábitos de
consumo podem ser alterados para que a pessoa consiga ter uma vida
financeiramente tranqüila. "Muita gente faz planilha de gastos e se acostuma a
fechar o mês no vermelho, sem detectar e modificar os vilões do seu orçamento.
Um bom planejamento é aquele em que a pessoa consegue, mensalmente, gastar menos
do que a renda que ela têm disponível".
Os dez mandamentos
Quem deseja realizar um planejamento eficaz precisa estar atento a situações em
que os gastos e a renda não estejam em harmonia, ou seja, situações que levam a
gastar mais do que se ganha.
Para tornar o planejamento mais fácil de ser realizado, a palestrante elaborou
uma lista intitulada "Os 10 mandamentos do Planejamento Financeiro". Confira as
dicas.
- Procure entender seu padrão de renda - de acordo com Fernanda,
muita gente superestima o valor que ganha, seja considerando o salário bruto
- ao invés do líquido -, ou considerando como ganho fixo o valor proveniente
de um bônus especial, por exemplo. Para conseguir realizar um planejamento
eficaz, é preciso considerar apenas o valor real que será recebido em cada
mês, e a partir desse valor estabelecer quais gastos poderão ser realizados;
- Analise para onde está indo seu dinheiro - antes de fazer uma
compra o ideal é se questionar para ter a certeza de que o seu dinheiro está
sendo bem gasto. Perguntar se você quer, precisa e pode ter o objeto a ser
consumido é o primeiro passo. Além disso, vale ainda questionar se a compra
vai mudar sua vida. Com respostas positivas, você terá a certeza de estar
fazendo uma boa compra;
- Reflita sobre a qualidade dos seus gastos e reveja hábitos -
muitas vezes as pessoas gastam com pequenas coisas e não percebem que, no
final de um mês, por exemplo, o valor gasto não é nada pequeno. Se
considerarmos o cafezinho após o almoço (cerca de R$ 1,50), no final do mês
serão R$ 45 que você nem se deu conta de que gastou. Pode parecer pouco, mas
no final do ano a soma será de R$ 540, o suficiente para dar início a um
investimento, por exemplo;
- Faça seguro - apesar de muitas pessoas considerarem o seguro um
gasto desnecessário, ele é a garantia de não ter de desembolsar um grande
valor não previsto caso aconteça algo inesperado. "O seguro é a mensalização
do inesperado, ou seja, você paga mensalmente para não ser pego desprevenido
caso você bata o carro, por exemplo. Se isso acontecer e você não tiver
seguro, terá que despender para o conserto um valor para o qual não estava
preparado. Com o seguro você estará livre desse problema", garante Fernanda;
- Use crédito de forma consciente - é preciso que as pessoas tenham
consciência de que o crédito é um produto financeiro e, portanto, tem
custos. Isso não significa que ele seja ruim, e sim que ele deve ser
utilizado com responsabilidade, ou seja, é preciso evitar fazer um
empréstimo para gastar em coisas que não sejam fundamentais. Fernanda dá
outra dica: "Em caso de empréstimo no banco, planeje-se para que as parcelas
não sejam superiores a 10% da sua renda mensal";
- Faça um plano de ação e siga-o à risca - se você está fechando
todos os meses no vermelho, pare, reveja seus gastos e mude alguns hábitos.
Determine quais gastos devem ser eliminados e quais serão mantidos até que a
situação se equilibre e você consiga poupar um pouquinho ao final do mês.
Uma vez estabelecidas as alterações, siga-as! Caso seja necessário incluir
um novo gasto, por exemplo, não tenha medo de fazê-lo, mas busque
alternativas para suprir essa nova despesa do seu orçamento;
- Comece a poupar e monte reserva de emergência - o ideal é que
todas as pessoas possuam um fundo de reserva, ou seja, tenham guardado seis
vezes o valor das despesas correntes mensais. Isso significa que para quem
gasta R$ 2 mil/mês, é importante manter uma reserva de emergência no valor
de R$ 12 mil. "Seis meses é o tempo médio que um executivo demora para
conseguir um novo cargo, caso perca seu trabalho. A reserva serve para que
as pessoas tenham um respaldo na hora de enfrentar situações não previstas",
alerta a especialista;
- Estabeleça sua estratégia de investimentos - na hora de iniciar
um investimento o ideal é estabelecer uma meta. É sempre mais fácil guardar
dinheiro se você tem um objetivo em mente, como comprar um carro ou fazer
uma reserva de emergência, por exemplo. Também é ideal determinar o valor e
um período para ele ser alcançado. Só assim você saberá quanto deve guardar
por mês e se policiar para atingir sua meta;
- Mantenha-se informado e invista continuamente no seu aprimoramento
- educação financeira é fundamental para conseguir ter um planejamento
eficaz. Saber onde gastar, como poupar e qual a melhor forma de investir são
fatores que poderão mudar significativamente sua vida financeira. "Quando a
pessoa tem conhecimento, ela consegue bons resultados mesmo sem ter muito
dinheiro para investir, por exemplo. Muitas vezes, ela consegue juntar mais
dinheiro do que aqueles que guardam maiores valores, mas não sabem como
poupar";
- Continue poupando e aproveite a vida... - poupar é fundamental.
Guardar uma quantia que lhe garanta uma vida e um futuro tranquilo é muito
importante. No entanto, não vale a pena só guardar e não aproveitar as
coisas boas que o dinheiro pode oferecer. "Dinheiro não traz felicidade, são
as coisas que ele proporciona que trazem. Isso inclui estabilidade
financeira e tranquilidade. Uma pessoa com um bom planejamento é aquela que
sabe gastar em boas coisas, mas também sabe poupar para não precisar se
preocupar no futuro", garante Fernanda.
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