Carreira / Emprego - A forma como você encara o trabalho pode afetar o futuro do seu filho
Pare e responda: você está satisfeito com o seu trabalho? Tem levado seus
problemas para casa? Observe como você tem reagido no dia-a-dia; afinal, existe
alguém assistindo a tudo isso atentamente, sem que ninguém perceba, só
registrando tudo em sua "memória" potente: seu filho.
Você é referência
É maravilhoso e gratificante dizer que os pais são referência para os filhos.
Mas nem tudo é tão positivo assim. Seu filho observa suas ações, tanto nos dias
de calma quanto de fúria, e vai formando sua própria opinião.
Nesse contexto, a forma como você reage ao trabalho vai fazendo com que ele
tenha uma visão positiva ou negativa dessa "obrigação".
Claro que nem tudo é lindo o tempo todo na correria. Mas examine sua postura em
casa. Chegar todo dia no lar reclamando, "praguejando" por mais um dia terrível
de trabalho, não é o caminho: 1. os problemas não serão resolvidos desta forma;
2. sua família não merece sua explosão e 3. seu filho está registrando tudo.
Exemplo
Coloque-se no lugar do seu filho: seu pai e sua mãe saem cedo para o trabalho. À
noite, quando voltam, estão esgotados, irritados e reclamando do dia terrível
que tiveram. O que você pensaria? Que trabalhar é ruim demais!
Pior, da mesma forma que vocês, ele pode, com o tempo, se achar no direito de
reclamar da escola assim como você reclama da empresa, xingar a professora em
casa, assim como você reage em relação ao seu chefe etc. Parece exagero? Não, a
criança apenas leva para a sua rotina o que os pais exemplificam na deles!
Reveja seu caso
É claro que não dá para manter o equilíbrio o tempo todo. Mas tome algumas
atitudes em relação a isso:
- reveja sua postura em casa: procure isolar os problemas, de forma a
realmente se dedicar ao lazer, ao convívio familiar agradável e a realizar
atividades que gosta em seu lar. Utilize o seu "porto seguro" para
recarregar energias e desligar do mundo lá fora. Verá os resultados!
- descubra, em sua vida, o que tem movido você: o que lhe realiza? Achada
a resposta, dedique-se mais a esse objetivo;
- como está a sua rotina de trabalho? Você tem feito o que gosta? Existe
alguma situação mal resolvida que precisa ser "zerada"?
Prazer, necessidade ou sacrifício?
Tome cuidado com o conceito que você tem passado, por meio de suas atitudes, ao
seu filho. É óbvio que todo mundo trabalha por necessidade, mas há dois fatores
complementares que fazem toda a diferença.
Além de precisar trabalhar, você sente prazer no que faz ou tudo não passa de
sacrifício? Examine essa questão com cuidado. Para o seu filho, o fato de você
passar o dia todo trabalhando no escritório, fazer horas extras por conta de um
projeto novo ou mesmo viajar a trabalho não é tão grave, desde que ele o veja
feliz, motivado com suas realizações. Pense nisso.
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