Quem nunca arregalou os olhos quando a palavra promoção apareceu - seja na
TV, na revista ou nas vitrines das lojas -, que atire a primeira pedra.
Na era do consumismo desenfreado, é muito fácil levar o consumidor às compras,
mas cabe aos próprios compradores avaliar se as facilidades oferecidas são
realmente boas e se o produto anunciado é realmente necessário.
Para não cair em todas as tentações do comércio, uma palavra simples, porém
importantíssima, deve fazer mais parte do seu vocabulário: NÃO.
Pego de surpresa
Depois de enfrentar uma enorme fila no fast food você faz o seu pedido,
sabendo o valor que vai gastar e o que realmente quer comer. No entanto, antes
de registrar, o garoto do caixa, todo sorridente, oferece: quer cobertura extra
no sorvete? A batata seria a grande? Sem pensar, e com a fome falando mais alto,
você aceita. E lá se vai mais R$ 1.
Outro exemplo, bastante característico, acontece no check out de
supermercados e redes farmacêuticas. Antes de fechar sua conta, a garota do
caixa lança a pergunta: não quer levar lenços de papel hoje? E a pastilha para
garganta? O remédio para dor de cabeça está em promoção, que tal? Sem ter tempo
para pensar e, depois do "bombardeio" de perguntas, a dor de cabeça até aparece
e você não resiste e leva os produtos. Total das compras: + R$ 10, sem a menor
necessidade.
De grão em grão, seu orçamento vai para o "buraco"
Os dois exemplos anteriores podem parecer pequenos perto do seu gasto mensal,
mas na hora de fechar suas contas, farão uma grande diferença.
Para muitos, aquele R$ 1 a mais por dia na refeição não significa nada. Então,
que tal em vez de gastar essa quantia, guardá-la? No final do ano, por exemplo,
a economia seria suficiente para pagar parte da viagem de férias ou comprar
presentes para a família.
Isso sem calcular possíveis rendimentos, caso você opte por aplicar o dinheiro
em algum investimento .
De olho nos juros embutidos
Outra prática comum no comércio, e para a qual o consumidor deve ficar bem
atento, é com relação ao parcelamento. Quem nunca se pegou, após fazer a compra,
pensando em quantas vezes financiar o débito?
Algumas lojas de departamento, antes mesmo do cliente dizer que quer parcelar,
já oferecem o total da compra dividido em diversas parcelas, sem especificar a
taxa de juros embutida em cada uma delas. Ao contrário, os vendedores começam a
"declamar" o texto, enumerando todas as vantagens de parcelar as compras.
Antes de cair na tentação, pergunte sobre os juros. Se não for mesmo possível
pagar à vista, que é sempre o mais recomendável, informe-se sobre até quantas
parcelas é possível dividir sem a incidência de juros.
Aprenda a dizer "não"
Sabendo dosar suas reais necessidades de compras e dizendo "não" a certas
ofertas, já é um bom começo para colocar suas finanças em ordem. Mãos à obra!