Você esqueceu o aniversário do filho, o telefone não pára de
tocar, sua secretária está lhe pedindo um documento e um cliente espera, há
horas, sentado na sua frente. Seu dia precisava ter 72 horas? Então, seja
bem-vindo ao imenso grupo dos que não sabem administrar o tempo.
Antonio Carlos Rodrigues de Moraes, autor do livro Combatendo
o Inimigo - Aprenda a Evitar o Stress e Gerenciar seu Tempo (Editora Gente),
recomenda: "Planeje seu dia, sua semana e encontre o momento exato para fazer as
coisas". Parece o óbvio do óbvio, mas pouca gente sabe priorizar atividades.
"Não dá para fazer tudo? Então elabore uma seleção e elimine o menos
importante", aconselha Alvaro Esteves, autor de Uma Questão de Tempo (Editora
Objetiva).
Uma das vilãs do desperdício de tempo é a
procrastinação - o velho e mau hábito de empurrar tudo com a barriga. A equipe
do Employer-Employee (www.employer-employee.com),
que divulga idéias para empregadores e empregados na Internet, isolou alguns dos
vírus da procrastinação. Veja se alguns destes sintomas lhe são familiares (e
anote alguns antídotos que podem acabar com esse mal... a tempo).
A vontade de fazer um trabalho sempre excepcionalmente
bem-feito é tamanha que ele perde o tempo em estudos e preparações e acaba
fazendo tudo só na ultimíssima hora.
Antídoto: estabeleça dois prazos finais e
use o espaço de tempo entre um e outro para dar "aquele" acabamento.
Este é um sujeito sensacional para ter idéias, mas um fiasco
na hora de concretizá-las. Pode funcionar ao lado de outros mais ativos, mas
sozinho é um problema.
Antídoto:
fale menos sobre suas idéias aos outros do que a si mesmo e antecipe o
prazo de finalização, de maneira a usar esse tempo extra para tornar o trabalho
ainda maior e mais criativo.
Quando uma tarefa ou projeto pousa na mesa dele, o mundo cai.
O medo de tomar o caminho errado ou de chocar alguém com sua decisão o
transforma numa estátua paralítica.
Antídoto: use recursos simples de
neurolingüística, como dizer a si mesmo "Vai, vai" diante da primeira e de todas
as outras sensações de medo que sentir no trabalho.
Ele só funciona no último minuto e sob pressão, quando o
prazo está estourando e os colegas da equipe já estão arrancando os cabelos. Não
move uma palha enquanto não ouvir o alarme. Pode até alcançar alguma
genialidade, mesmo a 1 minuto do tempo regulamentar. Mas, a essa altura, já está
precipitando todo mundo numa loucura que deveria ser só dele.
Antídoto: crie um plano pessoal de
recompensas regado a adrenalina -como aventuras de mountain biking ou rafting -
para forçar-se a terminar tudo rápido e daí cair na estrada.
Mistura as obrigações do trabalho com os sentimentos que tem
em relação a outras pessoas envolvidas no processo. Então, ou não faz o trabalho
a tempo, ou faz, mas tudo errado, transbordando de raiva.
Antídoto: tente encontrar algo de muito
recompensador no trabalho, foque nisso e, ao final, deixe claro a seus
superiores que ficou bastante satisfeito enquanto o realizava.
Também conhecidíssimo, este pega várias coisas para fazer e
depois, claro, não consegue dar conta de quase nada. A desculpa é sempre a
mesma: "Não deu, sabe, estou meio atolado..."
Antídoto: priorize tarefas e aprenda a dizer
não. Melhor ainda: N-Ã-O!
O nome diz tudo. Ele não termina o trabalho porque acredita,
francamente, que há outras coisas mais prazerosas para fazer. Entre escolher um
enrosco daqueles e uma delícia logo ali, ele não titubeia, fica só na mamata.
Antídoto: troque o que você entende como
"sofrimento" por "inconveniência temporária". Depois pense o quão satisfeito e
feliz você vai ficar quando a tarefa estiver totalmente resolvida.