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Dívidas / Endividado ? - Primeira vez que entra no vermelho? Siga três passos para equilibrar as finanças 

Data: 30/05/2007

 
 

O descontrole financeiro é mais comum do que se imagina. Contudo, diante da falta de dinheiro, os "marinheiros de primeira viagem" acabam por não conseguir priorizar os itens corretamente em seu orçamento e passam por uma dificuldade - e um estresse - ainda maior.

Se essa é sua situação, siga três passos para ficar o mínimo possível nesse período de turbulência. E, uma vez deixando as contas no azul, ficar de olho para que elas assim se mantenham.

Passo número 1: enfrente o problema

Fatura do cartão de crédito atrasada, cheques devolvidos por falta de fundos, boletos de cobrança esquecidos na gaveta. E tudo isso somado à utilização máxima do cheque especial. Situação complicada, não é mesmo? No entanto, tentar esquecer o problema e postergar um planejamento financeiro não é a solução.

Faça as contas, coloque tudo na ponta do lápis. Quanto você ganha, quanto você deve e quanto pode ser separado do orçamento para o pagamento das dívidas? Conhecendo melhor a situação, você poderá entrar me contato com seus credores - antes que eles entrem com você - e tentar negociar uma solução.

Muitas vezes, empresas dão descontos para quitação do débito ou facilitam, aumentando o número de parcelas. Lembre-se: o primeiro meio de tentar resolver é pela conversa. Mas tenha o acordo fechado documentado, como forma de garantir que o abatimento de juros ou desconto nas parcelas combinados sejam cumpridos até o fim.

Passo número dois: corte gastos

Supermercado, aluguel, água, luz, telefone e gasolina. Esses são os gastos essenciais do orçamento doméstico. Dessa maneira, corte tudo o que não for essencial: celular, compra de roupas, uma parte das atividades de lazer.

Procure também programas alternativos para poder arejar a cabeça. Dificilmente se cobra entrada em parques. Além disso, prefeituras normalmente têm um calendário mensal de atividades culturais gratuitas, como shows, peças de teatros e mostras de filmes.

Passo número três: empréstimo ou venda?

As negociações não foram para frente e o corte dos gastos não fui suficiente para que todas as contas ficassem em dia? Nesse caso, antes de pedir um empréstimo no banco para resolver a situação, avalie: os juros para o empréstimo pessoal, segundo o levantamento de maio da Fundação Procon de São Paulo, estão na média de 5,37%. Isso, em um ano, dá 87,33%. Ou seja: você pega R$ 1 mil emprestado, mas precisa devolver, com juros, R$ 1.873,3 à instituição.

Uma saída seria, então, vender algum bem de valor maior. Um carro, por exemplo. Veja: o financiamento de um automóvel gira em torno de 1,99% ao mês. Isso dá uma boa economia com juros.

Por outro lado, se você deve no cheque especial e não tem como quitar o saldo, seja porque seu salário não é suficiente ou porque não há nada que possa ser vendido, uma saída é recorrer ao empréstimo pessoal.

Isso porque os juros do cheque especial estão em 8,29% ao mês - mais do que o do empréstimo. O mesmo ocorre com o saldo negativo do cartão de crédito. Na média, cobram-se 10% mensalmente sobre o valor não pago.

Evitando problemas

Situação resolvida? Não se deixe voltar ao vermelho. Controle o quanto você ganha e o quanto pode gastar. Mantenha-se atualizado sobre o vencimento de suas contas e, sempre que possível, pague à vista.



 
Referência: -
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