Dívidas / Endividado ? - Primeira vez que entra no vermelho? Siga três passos para equilibrar as finanças
O descontrole financeiro é mais comum do que se imagina. Contudo, diante da
falta de dinheiro, os "marinheiros de primeira viagem" acabam por não conseguir
priorizar os itens corretamente em seu orçamento e passam por uma dificuldade -
e um estresse - ainda maior.
Se essa é sua situação, siga três passos para ficar o mínimo possível nesse
período de turbulência. E, uma vez deixando as contas no azul, ficar de olho
para que elas assim se mantenham.
Passo número 1: enfrente o problema
Fatura do cartão de crédito atrasada, cheques devolvidos por falta de fundos,
boletos de cobrança esquecidos na gaveta. E tudo isso somado à utilização máxima
do cheque especial. Situação complicada, não é mesmo? No entanto, tentar
esquecer o problema e postergar um planejamento financeiro não é a solução.
Faça as contas, coloque tudo na ponta do lápis. Quanto você ganha, quanto você
deve e quanto pode ser separado do orçamento para o pagamento das dívidas?
Conhecendo melhor a situação, você poderá entrar me contato com seus credores -
antes que eles entrem com você - e tentar negociar uma solução.
Muitas vezes, empresas dão descontos para quitação do débito ou facilitam,
aumentando o número de parcelas. Lembre-se: o primeiro meio de tentar resolver é
pela conversa. Mas tenha o acordo fechado documentado, como forma de garantir
que o abatimento de juros ou desconto nas parcelas combinados sejam cumpridos
até o fim.
Passo número dois: corte gastos
Supermercado, aluguel, água, luz, telefone e gasolina. Esses são os gastos
essenciais do orçamento doméstico. Dessa maneira, corte tudo o que não for
essencial: celular, compra de roupas, uma parte das atividades de lazer.
Procure também programas alternativos para poder arejar a cabeça. Dificilmente
se cobra entrada em parques. Além disso, prefeituras normalmente têm um
calendário mensal de atividades culturais gratuitas, como shows, peças de
teatros e mostras de filmes.
Passo número três: empréstimo ou venda?
As negociações não foram para frente e o corte dos gastos não fui suficiente
para que todas as contas ficassem em dia? Nesse caso, antes de pedir um
empréstimo no banco para resolver a situação, avalie: os juros para o empréstimo
pessoal, segundo o levantamento de maio da Fundação Procon de São Paulo, estão
na média de 5,37%. Isso, em um ano, dá 87,33%. Ou seja: você pega R$ 1 mil
emprestado, mas precisa devolver, com juros, R$ 1.873,3 à instituição.
Uma saída seria, então, vender algum bem de valor maior. Um carro, por exemplo.
Veja: o financiamento de um automóvel gira em torno de 1,99% ao mês. Isso dá uma
boa economia com juros.
Por outro lado, se você deve no cheque especial e não tem como quitar o saldo,
seja porque seu salário não é suficiente ou porque não há nada que possa ser
vendido, uma saída é recorrer ao empréstimo pessoal.
Isso porque os juros do cheque especial estão em 8,29% ao mês - mais do que o do
empréstimo. O mesmo ocorre com o saldo negativo do cartão de crédito. Na média,
cobram-se 10% mensalmente sobre o valor não pago.
Evitando problemas
Situação resolvida? Não se deixe voltar ao vermelho. Controle o quanto você
ganha e o quanto pode gastar. Mantenha-se atualizado sobre o vencimento de suas
contas e, sempre que possível, pague à vista.
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