Alguns são mais ativos, outros, metódicos. Existem aqueles que se adaptam
melhor às mudanças, enquanto há quem tenha uma certa dificuldade em seguir
regras e padrões. O ambiente de trabalho é formado por profissionais com tipos
diferenciados de perfis que, de uma maneira ou de outra, não são certos e nem
errados.
Diante dessa diversidade de comportamento, o interessante é identificar quais os
pontos fortes e fracos de determinado funcionário. Dessa forma, é possível
"consertar" o erro e desenvolver o potencial.
Disc?
De acordo com a consultoria New Marketing , existe uma teoria de
avaliação conhecida como Disc. O nome nada mais é do que a junção das siglas das
seguintes palavras, que classificam o método de trabalho: dominância,
influência, estabilidade e conformidade.
A empresa afirma que quanto maior for o compasso entre os funcionários, melhor
fica o ambiente de trabalho e há um incremento no desempenho geral. Se o
empregado fala de acordo com a linguagem comportamental do outro, a comunicação,
o entendimento, a integração e a flexibilidade aumentarão. E quem não gosta de
trabalhar em um local que tenha uma atmosfera leve e sem atritos constantes?
Item D: dominância
O item D, de dominância, classifica como o profissional lida com problemas e
desafios. Existem aqueles que diante de situações mais complexas ou de muita
pressão, acabam "travando" e não conseguem tomar as decisões necessárias para
que o cenário volte ao normal.
Por outro lado, há quem prefira cobranças do tipo para produzir melhor e acaba
tendo um desempenho superior em situações extremas.
Item I: influência
Além desse ponto, é importante avaliar qual a influência que os empregados
exercem uns sobre os outros e a forma de lidar com isso no dia-a-dia. Em um
ambiente de trabalho é possível encontrar funcionários que têm um grande poder
de persuasão sobre os colegas, enquanto outros já são mais facilmente "levados".
É preciso avaliar quem são essas pessoas e qual a melhor combinação para o
trabalho. Será que duas pessoas com grande poder de persuasão, por exemplo, mas
que dificilmente são convencidas por terceiros conseguiriam produzir juntas sem
causar "atritos"?
Item E: estabilidade
A forma como o profissional lida com mudanças e se estabelece seu ritmo no
ambiente de trabalho é um ponto que deve ser analisado com cuidado. Se for muito
metódica, a pessoa as vezes poderá não se adaptar a uma alteração na rotina e
perder um pouco de seu desempenho.
Por outro, lado existem aquelas mais maleáveis, que se ajustam à situação sem
maiores relutâncias e dificuldades.
Item C: conformidade
Quem nunca viu aquele funcionário mais rebelde, que tem uma certa dificuldade em
lidar com regras e procedimentos pré-estabelecidos? Pois é exatamente esse
aspecto mensurado pelo item de conformidade.
Se por um lado o profissional mais "agitado" tem como ponto positivo o lado
inovador, em algumas situações pode acabar mais atrapalhando do que ajudando no
andamento dos trabalhos, já que toda a empresa tem aquela rotina a se cumprir.
Analisando o outro extremo, trabalhadores que não conseguem sair do padrão
acabam não auxiliando em uma melhora na qualidade dos trabalhos da empresa. O
ideal, então, seria uma equilíbrio entre ambos ou direcionamento das tarefas
para aquele que melhor desempenha a função - com cuidado para que o trabalho não
acabe, em ambos os casos, ficando mais burocrático do que o adequado.
Resultados
Conseguindo definir o perfil de seus funcionários, é possível apontar os
aspectos negativos e positivos de cada um, levando sempre em consideração que
não existe jeito certo ou errado de trabalhar. No entanto, o trabalho não deve
ficar somente no apontamento de problemas: tendo em mãos as identificações, é
preciso orientar a pessoa para que o desempenho melhore.
Em muitos casos, apenas saber que se pode melhorar é suficiente para que a
mudança seja empregada. Mas para isso é necessário que haja um acompanhamento
constante do trabalho do funcionário, com muito diálogo para que o que foi
determinado não acabe sendo esquecido no dia-a-dia.