Defenda-se - Fraudes: Golpes nos sites de vendas e leilões virtuais
Com o advento da internet surgiram vários sistemas de venda on-line, e
sobretudo os famosos leilões virtuais, onde pessoas querendo vender alguma coisa
podem oferece-la a quem mais ofertar via internet. O precursor foi o famoso EBay
nos EUA, depois apareceram os outros.
No Brasil também apareceram vários, Lokau, MercadoLivre, Arremate, iBazar etc
... com o tempo alguns sumiram e outros se uniram e consolidaram. O sistema e
conceito é excelente e ao passo com os tempos, eu pessoalmente confesso que sou
usuário de um destes sistemas.
O problema é que, como era previsível, os golpistas também enxergaram "negócios"
e oportunidades nestes sistemas e iniciaram a desenvolver fraudes mais ou menos
elaboradas. Em seguida são resumidas algumas das mais freqüentes:
1) Conta no sistema de leilão virtual, aberta com dados e documentos
falsos, ofertando mercadorias muito atrativas (como tipo e preço), com o único
intuito de receber o pagamento adiantado, em uma conta também aberta com
documentos falsos, prometendo o envio da mercadoria em seguida e depois sumir.
Por demorar um tempo antes que o comprador/vítima se preocupe e denuncie, os
golpistas tem uma vantagem e podem aplicar o golpe várias vezes antes de
desaparecer. Neste caso normalmente a qualificação do golpista vendedor (ou seja
a nota e o histórico que ele tem), no sistema de leilão virtual, é nula pois as
contas sempre são muito recentes.
2) Ofertas publicadas utilizando falhas dos sistemas de leilão virtual,
que aparecem como verdadeiras e com vendedor tendo qualificações elevadas
(novamente aproveitando falhas no sistema que permitem mostrar reproduções da
página original do sistema de leilão). Na realidade redirecionam a outro sistema
ou a outro endereço onde é aplicado o golpe solicitando o pagamento adiantado,
como sempre.
3) Triangulação de pagamentos, onde o golpista aplica um golpe muito mais
elaborado para ter potencialmente menos problemas (sobretudo não ter que passar
por uma conta bancária falsa). Ao mesmo tempo o golpista faz o seguinte:
A) negocia a compra de alguma mercadoria cara com alguma vítima que a
esteja oferecendo, e solicita o número da conta para fazer o pagamento
adiantado;
B) oferece uma mercadoria inexistente para venda, outras vítimas
respondem e ele pede para fazer o pagamento na conta que a primeira vítima
forneceu;
C) assim que for feito o pagamento solicita a entrega da mercadoria por
parte da primeira vítima (normalmente com entrega no metró ou em algum outro
lugar público, sem fornecer endereço);
D) quando as vítimas das vendas inexistentes denunciarem, a primeira
vítima fica com o problema e pode acabar tendo que devolver o dinheiro.
O sistema de leilões virtuais, por ser em boa parte baseado em confiança mutua,
está naturalmente exposto à ação dos golpistas que se aproveitam desta sua
característica.
Se quiserem operar com leilões e compras/vendas virtuais o meu conselho é que só
aceitem transações com pagamento em dinheiro (se for vendedor) e na hora da
entrega da mercadoria (se for comprador), melhor ainda se junto à lojas ou pelo
menos com um endereço onde entregar/retirar (e não na rua).
Outro aspecto fundamental é aprender a utilizar de forma apropriada todos os
recursos que os próprios sistemas de leilões desenvolveram para proteger seus
usuários.
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