Motivação - Comunique-se, vale (muito) a pena!
Cultura do aprendizado, promoção do negócio, e visão global da
organização, dentre outros atributos, explicam parte do sucesso de Jack Welch à
frente da GE. Adicione-se a este tripé outro ingrediente inovador e ainda
incipiente na rotina corporativa: a comunicação interna. Tal novidade seduziu e
orientou os passos desse executivo que comandou a revolução nos conceitos da
administração moderna. Tudo mudou depois dele. Foi com simplicidade,
consistência e a determinação de implementar um sistema transparente e com base
na realidade, que ''comunicar bem" se transformou numa ferramenta de gestão. O
processo contínuo de expandir esses recursos alcançou a robustez que se exige no
desejo de buscar mais espaços. O funcionário que o diga.
No instante que se lança a comunicação como algo abrangente e determinante na
condução dos processos, quebram-se paradigmas até então intocáveis. Ou seja:
comunicar é importante e faz bem. Jack Welch foi além e mudou a história com
agilidade, objetividade, conteúdo e abrangência. Essas ações anseiam fazer do
empregado uma parte indissociável do patrimônio da empresa, uma espécie de
embaixador , parceiro, agente, e portador de boas notícias. São atitudes que
culminam em motivação, criatividade e integração e, conseqüentemente, produção.
Os ensinamentos de Jack Welch estão vivos para serem adaptados e incorporados
por quem quer que seja. Porém, são poucas as empresas que sabem comunicar com
eficácia. O ambiente empresarial que se descortina no começo do terceiro
milênio, no entanto, atesta o desenvolvimento de uma mentalidade estratégica em
comunicação do ponto de vista prático. Ao gerar influências e harmonizar
interesses corporativos, está em jogo a consolidação da identidade empresarial
como conceito básico da personalidade da corporação. Esta projeção sedimenta o
sistema e transfere idéias positivas no interior da equipe. É a partir desse
ponto que a comunicação interna interfere na externa, promove a integração que
desperta competitividade, fidelização dos clientes, e diferenciação na prestação
de serviços.
As companhias voltadas à produção, ao mercado e ao consumo, por exemplo,
necessitam se capacitar para formar as pessoas que compõem, com o objetivo de
pavimentar a estrada do futuro. Só eles, os talentos, possuem o poder de gerar
conteúdo e conhecimento. As empresas fechadas e paternalistas, com seus chefes
disciplinadores e tiranos, em que se ambicionava aposentar-se nelas, foram
substituídas pelas organizações competitivas, líderes flexíveis, gestão por
competências e insegurança. O mercado de talentos é dinâmico e a comunicação
interna sofre os reflexos dessa revolta de filosofias.
Todo e qualquer processo que envolve comunicação deve respeitar algumas
condições básicas, a começar por transferência e dinamismo. Assim, evidencia-se
que as pessoas jamais estão dispostas a se esforçar por algo que elas não
identificam nem acreditam. Elas desejam, sim, engajar-se num planejamento em que
se valoriza a adesão e o comprometimento. O ser humano não é resistente aos
novos tempos, desde que se saiba ou se sinalize que é para melhor. As mudanças
podem significar uma nova oportunidade de crescimento. Portanto, para se obter
sucesso, é fundamental que o gestor tenha carisma conhecimento e capacidade
suficientes para mobilizar os profissionais em torno deste fim. E tal sincronia
e sucesso só se conseguem através das técnicas modernas de comunicação interna.
Ressalta-se que as transformações organizacionais alteraram de forma
significativa o cenário empresarial. E, nesse ponto, mais uma vez, a
globalização impõe novos parâmetros de comportamento. Numa época em que qualquer
mortal tem acesso imediato a qualquer tipo de informação, a comunicação interna
assume o papel fundamental de estabelecer e conduzir os processos de mudanças. A
ciência da informação valoriza a capacidade de mobilizar os profissionais para
disseminar a verdade, seja ela boa ou ruim. Cabe ao gestor criar instrumentos
desconcertantes, inteligentes, sutis e corajosos para sustentar essas ações.
Vale ressaltar, também, que o ordenamento interno fará a sintonia fina da
comunicação com o mercado, acionistas, clientes, fornecedores, distribuidores,
enfim, com toda a cadeia. O "lucro" institucional dá-se nas duas pontas.
A complexidade desta porta que se abre mostra a necessidade de superar desafios
constantes. O alto escalão das empresas já percebeu que a comunicação tornou-se
vital para o sucesso nos negócios. A eficiência, diante deste panorama, exige
desenvolvimento de uma planejamento estratégico e focado nas principais
necessidades. Em outras palavras: antes de qualquer coisa, as organizações mais
avançadas necessitam afinar o relacionamento com seus diversos públicos para
adquirir a tão almejada vantagem competitiva, fator que alavanca negócios,
melhora as relações de trabalho, e influencia nos resultados. A comunicação
interna é a caixa de ressonância que vai propiciar o desenvolvimento das
habilidades e conhecimento de seus profissionais. Jack Welch entendeu isso como
ninguém e entrou para a história.
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