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Finanças pessoais - Meu salário 

Data: 30/05/2007

 
 
Como consumidor você está diante de muitas opções para empregar o seu dinheiro. Saber como manusear o seu salário nada mais é do que fazer as escolhas certas.

Dessa forma, seu salário, seja ele qual for, vai lhe ajudar não apenas a chegar ao fim do mês com tranqüilidade, mas, principalmente, construir um patrimônio para o futuro.

Os economistas comportamentais, uma nova área da economia, dizem que nós podemos até querer guardar dinheiro, mas na grande parte dos casos quando estamos com o dinheiro na mão fraquejamos. Assim, você precisará lidar com o dinheiro de uma maneira racional e com a certeza de que os cientistas dizem que você não foi programado para economizar. Portanto, seja racional.

A racionalidade vai lhe ajudar a comprar a casa própria à vista, pagar a escola de seus filhos sem apertos e levar a família para fazer a viagem dos sonhos. Veja na tabela como as famílias brasileiras gastam sua renda. Agora compare com suas próprias despesas. Faça uma lista semelhante e coloque quanto do seu salário vai para cada um desses itens. Pronto, você já começou a refletir sobre suas despesas e esse será um passo muito importante no caminho para a construção de seu patrimônio.

 

Tipos de despesa (%) Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Alimentação 20,75 27,19 26,79 18,89 19,95 18,09
Habitação 35,50 33,42 32,27 36,67 35,46 35,86
Vestuário 5,68 7,29 6,82 5,13 5,73 5,90
Transporte 18,44 15,70 16,01 18,44 20,65 20,77
Higiene e cuidados pessoais 2,17 3,00 2,95 1,94 1,90 2,13
Assistência à saúde 6,49 4,90 5,98 6,91 6,16 6,40
Educação 4,08 2,30 3,28 4,70 3,47 4,05
Recreação e cultura 2,39 2,17 2,05 2,55 2,31 2,29
Fumo 0,70 0,69 0,58 0,74 0,69 0,66
Serviços pessoais 1,01 0,79 0,95 1,10 0,84 1,10
Despesas diversas 2,79 2,56 2,32 2,93 2,86 2,76
 

Fonte: IBGE

Quanto sobra?

Fazer o salário sobrar no fim do mês é uma arte. Mas não é preciso ser um mago das finanças para ter sucesso nessa empreitada. O segredo é planejamento.

Uma forma de fazer com que toda a família contribua é estabelecer metas, não de economia, mas de realização de sonhos. Os seus sonhos e de sua família são os objetivos de investimento e eles é que devem guiar seus passos de investimento.

Esses objetivos só serão atingidos se houver sobras no fim do mês. Portanto, mãos a obra. Pedir que sua família economize é uma tarefa bastante árdua, mas pedir que eles o ajudem a comprar a viagem, o carro novo e a casa de praia, por exemplo, pode ser muito divertido e todos, de alguma forma, estarão contribuindo para aumentar o patrimônio da família.

Observe que não é necessário guardar dinheiro demais, apenas o suficiente para que você conquiste seus objetivos no prazo que você achar razoável.

O que aconselhamos é poupar assim que receber o salário, e viver , fazer gastos após a poupança. Pode parecer difícil no começo , mas depois que você ver o que conseguiu vai ver que vale a pena. Veja um exemplo abaixo de como aconselhamos a fazer:

- Supondo que seu salário seja R$ 1.000,00 livres , já descontando os impostos , e você decide poupar sempre 10% (dez por cento) do seu salário:
- Assim que receber o salário , aplique R$ 100,00 no fundo de sua escolha.
- Com o que sobra , ou seja , com os R$ 900,00 você vive o mês inteiro , sem usar o limite de crédito , empréstimos , ou outras dívidas.
- Lembre-se de ter uma reserva de 6 a 12 vezes o valor de seu salário como fundos de emergência (a quantidade de vezes depende do grau de estabilidade que tem em sua profissão , como por exemplo , um dentista tem que ter mais valor no fundo de emergência do que um funcionário público, ou seja , um dentista pode ter um fundo de emergência de 12 vezes seu salário, e o funcionário público pode ter apensa 6 vezes , por que tem mais estabilidade). Sempre que usar os valores desse fundo , faça a reposição o mais rápido que puder. Fundo de emergência é um tópico muito grande e vai ser tratado separadamente.

O salário acabou

Relaxe! Você não está sozinho. Dados do IBGE dão conta de que 85% das famílias brasileiras têm algum tipo de dificuldade para chegar ao fim do mês com a renda que recebem.

Observe que, segundo os dados do IBGE, quanto maior a renda menor a dificuldade, um resultado, a princípio, óbvio. Mas quando analisado no detalhe ainda assim muito preocupante. Isso porque, mesmo famílias que estão na faixa de renda mais alta do estudo (acima de R$ 6 mil) têm pouca habilidade para manejar o orçamento.

Veja os números: 53,45% das famílias que ganham mais de R$ 6 mil têm problemas para chegar ao fim do mês. Desse grupo, 6,66% têm muita dificuldade, 11,95% têm dificuldade e 36,74% têm alguma dificuldade. Pode-se dizer, sem medo de errar, que uma renda de R$ 6 mil não faz uma família rica, nem tampouco pobre.

Assim, o grande problema dessas famílias não é falta de dinheiro, mas principalmente de planejamento financeiro.

O Planejamento financeiro é a melhor resposta para que esse enorme grupo de famílias que não consegue chegar ao fim do mês com o salário consiga colocar sua vida financeira em ordem, sem sofrimento. Pois, o planejamento financeiro vai equilibrar suas receitas e despesas.

Por que isso ocorre?

No corre-corre diário, com horas de trabalho, filhos para educar, cursos para concluir e tantas metas para atingir, ter disciplina financeira é quase uma fantasia. Isso em qualquer lugar do mundo. No entanto, os brasileiros conviveram com taxas de inflação estratosféricas nos anos 80 e início dos anos 90. Com os preços dos bens e serviços mudando diariamente era praticamente impossível para o brasileiro manter um orçamento adequado. A taxa de inflação no País chegou a registrar alta nos preços de até 80% num único mês. Assim, a falta de organização financeira acentuou-se nas famílias brasileiras.

A estabilidade nos preços foi alcançada com o plano Real, que teve início em junho de 1994. Hoje não só é possível como desejável ter um planejamento financeiro adequado às suas ambições e receitas. Note que com a inflação sob controle, as taxas de juro reais (acima da inflação) estão altíssimas no Brasil e proporcionaram ganhos generosos para aqueles que mantiveram disciplina orçamentária.

Ganhos com taxa de juro em vinte anos*

Uma aplicação de R$ ... Vale hoje ....
100,00 672,75
500,00 3.363,75
5.000,00 33.637,50
10.000,00 67.275,00

*Rendimento nominal, bruto de IR; Taxa do Juro 10% ao ano

Preciso de um aumento?

Imaginar que seu problema é falta de dinheiro é um erro que poderá perpetuar suas aflições financeiras. Estudos realizados na área da economia comportamental mostram que as pessoas se adaptam muito rapidamente as mudanças de renda.

Ou seja, um aumento de salário pode resolver seu problema este mês, mas dificilmente resolverá nos meses subseqüentes. Isso porque você e sua família com uma velocidade impressionante aumentarão seus gastos na mesma proporção ou até maior do que o seu novo salário.

Se está faltando dinheiro no fim do mês, considere:
  • No primeiro mês que receber um aumento aja como se ele não existisse e guarde de toda a diferença entre o salário antigo e o novo. Deixe para viver com o novo salário no mês seguinte.
  • Pague sempre a fatura integral do seu cartão de crédito. Por mais que este procedimento lhe deixe um mês mais apertado, ele vai lhe salvar de cair nas rédeas dos juros altos.
  • Troque o cheque pelo cartão de débito. Você evitará cair na tentação do cheque pré-datado, este sim um perigo para sua saúde financeira.
  • Lembre-se de que cada R$ 5 economizados diariamente tornam-se R$ 1.825,00 a mais em sua carteira em um ano, sem contar os juros que aumentariam ainda mais este valor.
  • Confira sempre seu orçamento antes de sair às compras e estabeleça um limite de gastos
  • Preste muita atenção nos entretenimentos culturais, como museus, concertos e cinema. Eles são muito baratos e vão lhe ajudar no trabalho, pois lhe agregam conhecimento.

Preciso de um empréstimo?

Definitivamente tudo o que você não precisa neste momento são novas dívidas. Veja se seu salário não está cobrindo seu orçamento, portanto, não será arrumando novas despesas que você conseguirá se livrar das dificuldades. Esta pode até ser uma solução momentânea, mas que poderá contribuir muito para criar problemas sérios no futuro.

Muitas pessoas costumam financiar o déficit no orçamento com o cheque especial. Essa é uma modalidade de financiamento muito cara, criada para socorrer emergências e para ser liquidada o mais rápido possível. Desta forma, se você precisa de recursos em um determinado mês, considere as demais possibilidades de empréstimo pessoal na avaliação da melhor opção de financiamento.

Boa parte das devoluções de cheques ocorre por conta de cheques pré-datados, emitidos para fazer pagamentos de consumos que não cabem no orçamento e que são postergados na esperança de uma entrada extra de recursos. Quando a receita esperada não se realiza você perde o controle do orçamento.

Estique o salário

Há duas formas de esticar o salário: aumentando sua renda ou cortando despesas. Os analistas asseguram que a segunda opção é a mais inteligente porque vai ajudá-lo a construir um patrimônio.

Já utilizar o cheque especial para financiar o déficit do seu orçamento é um erro muito perigoso para sua saúde financeira. Isso porque no mês seguinte a taxa de juro cobrada pela utilização do limite do cheque especial vai comer uma parcela do seu salário.

Ou seja, seu salário que já era insuficiente para cobrir as despesas ficará ainda menor. Se mantida essa rotina nos meses seguintes ele ficará cada vez menor até o dia em que você estará tecnicamente quebrado.

Isso ocorre porque o salário é uma receita recorrente, ou seja, ela cai na sua conta todo mês. Já com o cheque especial o mecanismo é bastante diferente, embora na prática ele crie a ilusão de que você esticou o salário.

Todo mês a linha do cheque especial e os juros cobrados sobre ela têm que ser pagos.

Trata-se de uma linha com vencimento em 30 dias. Assim a cada mês seu salário vai ficando menor e, se em algum momento o banco reduz ou mesmo cancela esta linha você poderá ficar sem salário naquele mês.

 

 

 

Referência: Como Investir
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Abaixo colocamos mais algumas dicas :