Aluguel - Baixa renda que mora de aluguel pode ter desconto de 60% na conta de luz
Consumidores de baixa renda que moram de aluguel poderão
pagar a tarifa de energia elétrica diferenciada, que garante desconto de até 60%
no valor total.
A afirmação consta em resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
publicada nesta semana no Diário Oficial da União.
Funcionamento
Antes, tais pessoas que não podiam se inscrever no programa porque a conta de
luz chegava no nome do proprietário do imóvel - que não se enquadrava no grupo
social. Com isso, apesar de não ter dinheiro suficiente, o consumidor tinha de
pagar o valor normal da conta.
Com a determinação, a partir de agora as distribuidoras de eletricidade
receberão uma auto-declaração desses consumidores, que pontuarão o motivo da
necessidade pelo programa social, a responsabilidade pelo pagamento da fatura, o
período de residência e suas identificações pessoais.
Quem tem direito?
A tarifa social, como ficou conhecida, é concedida automaticamente às pessoas
que consomem até 80 quilowatts/ hora por mês. A partir desse total e no máximo
até 220 kW/h de consumo (variando conforme a região), o consumidor precisa
possuir inscrição em algum programa do governo e ter renda familiar mensal de
até R$ 100 per capita.
Segundo a Aneel, quem não possui esse cadastro social deve fazer também uma
auto-declaração informando que tem necessidade de participar de programas
assistencialistas. Dessa forma, a conta de energia é reduzida e a pessoa tem um
prazo para enviar à concessionária o número da inscrição. O vencimento para quem
solicitou a cobrança diferenciada em 2006 acaba dia 28 de fevereiro.
E quem paga?
E quem paga o subsídio são os consumidores regulares. De acordo com a agência,
os custos das concessionárias com os subsídios da tarifa social são reembolsados
com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que está inserida em
um dos encargos setoriais nas contas de energia.
O universo estimado de consumidores de baixa renda é de aproximadamente 18
milhões de unidades residenciais, dos quais cerca de 14 milhões com consumo
mensal inferior a 80 kWh, e em torno de 4 milhões na faixa de consumo entre 80 e
220 kWh/mês.
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