Imóveis - Portarias de prédios: Tecnologia ajuda. Mas não substitui o homem
A tecnologia ajuda a manter a segurança, complica a vida
dos ladrões, mas nenhum equipamento eletrônico é capaz de substituir um homem
bem treinado para ficar atento na portaria dos condomínios. “Só que, por
economia, síndicos e administradoras procuram o menor custo. Tiram um vigilante
habilitado e o trocam por um porteiro despreparado para a função”, aponta José
Jacobson Neto, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do
Estado de São Paulo.
Enquanto o salário médio de um porteiro sem treinamento para agir como segurança
gira em torno dos R$ 500 – em um prédio são necessários pelo menos quatro
funcionários para os três turnos de trabalho e outro para suprir as folgas –, um
posto de 24 horas com o mesmo número de vigilantes habilitados custa entre R$ 7
mil e R$ 8 mil por mês. “Nesse valor está incluída a supervisão do trabalho”,
diz Jacobson.
De acordo com ele, a quantidade de funcionários depende dos equipamentos
eletrônicos instalados. Se houver muitas câmeras de circuito interno, ele
recomenda a contratação de um homem para cuidar apenas da portaria e outro para
ficar com a atenção concentrada nas telas dos monitores. “Cada condomínio tem de
ser analisado individualmente.”
O presidente do sindicato aconselha as administradoras e síndicos a checar se os
funcionários contratados para a vigilância integram o quadro de uma empresa
legalizada, com alvará de funcionamento expedido pela Polícia Federal.
Informações podem ser obtidas na PF pelo telefone (11) 3616-5000 ou no próprio
sindicato, pelo número (11) 3858-7360.
Fabrício de Araújo Sacchi, presidente da Associação Brasileira das Empresas de
Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), concorda com Jacobson: “Todos os
prédios têm vigias. Mas, se não estiverem treinados e aptos para desempenhar a
função, toda a segurança de um condomínio fica comprometida.” E, na opinião de
Sacchi, a proteção ideal é a integração entre o trabalho do vigilante ou
porteiro e a tecnologia.
O que não faltam hoje são equipamentos eletrônicos para serem pedras no caminho
dos bandidos. Obstáculos como cercas eletrificadas ou barreiras de raios
infravermelhos ao redor dos condomínios podem ser parte da solução. Ainda há o
circuito fechado de TV, alarmes, sistema de travamento automático dos portões e
dispositivos eletrônicos para o monitoramento do movimento dos elevadores.
Uma novidade é o cartão codificado de controle de acesso. Um visitante, por
exemplo, tem uma senha cadastrada na portaria e, por meio do cartão – colocado
no elevador –, só terá acesso ao andar do prédio que será visitado. E não
adianta tentar subir ou descer pela escada de incêndio – as portas foram
programadas para, no caso de uma invasão, serem abertas apenas pelo lado
interno.
Fabrício Sacchi diz que o preço dessa segurança vai depender da área externa do
condomínio, do número de entradas, do tamanho da garagem e do nível de proteção
desejado pelos moradores. A partir de R$ 6 mil já é possível um prédio ter
alguma proteção. A instalação dos equipamentos mais sofisticados pode chegar a
R$ 200 mil. Ele recomenda que as administradoras de condomínios chequem o padrão
de qualidade e a credibilidade da empresa contratada para a venda e instalação
dos equipamentos pelo telefone (11) 5585-2677 ou pelo site
www.abese.org.br.
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