O chefe controlador, que faz tremer os membros da equipe cada vez que assoma
à porta, é uma figura em franco declínio. Ninguém mais acredita que chefe bom é
aquele que comanda o time com o tal "punho de ferro". Se ele encara seus
colaboradores como "braços", está equivocado. Mas, se os enxerga e respeita como
"mentes produtivas", está certíssimo.
O líder do século 21 tem uma visão ampla do negócio e é capaz de estabelecer
uma profunda sinergia com a equipe. É por meio desse relacionamento
estrategicamente construtivo, e não da opressão e da cobrança, que ele consegue
extrair o melhor desempenho de seus pares e subordinados.
Hoje, a chefia é exercida com maior mérito por aqueles que não se prendem a
camisas-de-força teóricas. O executivo do século 21 é criativo e aberto a novas
culturas, estabelece uma comunicação franca e efetiva com a equipe, sabe ouvir e
filtrar as informações que chegam até ele e não teme revisar métodos e processos
a fim de se adequar às demandas do mercado – e, mais importante ainda, ele
possui originalidade e arrojo suficientes para criar novas demandas. Quanto mais
inova, mais ele inspira aqueles com os quais trabalha.
Outro aspecto interessante diz respeito à formação do executivo moderno. Em
um mundo globalizado, onde os patamares de exigência são definidos segundo
parâmetros internacionais, é fundamental possuir uma sólida estrutura de
formação para dar conta da competição acirrada. Por isso, quanto mais
abrangentes forem as experiências de um profissional, melhor para ele e para a
empresa. Afinal, o líder não precisa ser um especialista, mas um bom
estrategista, pois as competências específicas podem ser aprendidas. E aí entra
mais uma qualidade desejável: a obsessão por absorver novos conhecimentos.
A crise econômica de 2008/2009 mostrou que as melhores condições de
enfrentamento estiveram nas mãos daqueles que, com muito jogo de cintura,
conseguiram se adaptar às novas situações e foram capazes de transformar
desafios em oportunidades. Aliás, intimidar-se é algo fora de cogitação para o
líder ideal dessa nova era: em qualquer circunstância, ele deve estar munido de
ambição e ousadia para avançar.
Evidentemente, avança quem tem coragem para tomar decisões. Por isso, a
autoconfiança também é qualidade imprescindível para o novo líder. Ele não pode
se esquivar de situações desconfortáveis que exijam medidas assertivas
respaldadas na realidade. Mas, com toda a certeza, é o que deve ser trilhado.
Sempre!