Ter um carro envolve diversas despesas. Além dos gastos diários com
combustível, estacionamento e pedágio (para quem viaja), ainda existe o seguro,
o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e também as
manutenções.
O problema dos automóveis adquiridos há alguns anos é que as manutenções vão
se tornando mais frequentes e os problemas podem aumentar, assim como os gastos
com peças novas. Por isso, os consumidores desistem de manter o veículo no
mecânico e decidem comprar um carro novo. Mas como saber a hora certa de trocar
de automóvel?
Coloque tudo na balança
Para saber se a mudança é mesmo necessária, o mais indicado é fazer um check
up detalhado de tudo o que aparentemente tem defeito ou precisa ser trocado e
consertado.
"Para isso é fundamental ir a dois mecânicos de confiança ou indicados por
alguém. Ouvir opiniões diferentes evita erros de diagnósticos, trocas e preços
inadequados", explica o dono do portal Tem Usados, Paulo Cruz.
Após obter essas informações, é preciso avaliar o quanto isso representa em
relação ao preço de mercado do veículo e resolver se os reparos constantes
realmente compensam. Colocando todos os números na balança, dá para analisar se
vale mais a pena arcar com as prestações de um carro novo.
O valor do carro velho
"Normalmente, o brasileiro decide trocar de carro após fazer suas contas e
verificar se o valor cobrado mensalmente pelo financiamento de um novo veículo
cabe no bolso", afirma Cruz. Porém, ele lembra que não é necessário primeiro
vender o carro antigo para comprar o outro depois. A maioria das lojas aceita a
troca, mesmo para carros que foram financiados.
"Vivemos em um país continental, com várias classes sociais, que necessitam
de diferentes ofertas de veículos", acredita o empresário. "Hoje, não é difícil
encontrar nas estradas os caminhões cegonhas carregados de veículos usados, às
vezes até modelos bem antigos, pois existe uma migração das frotas mais antigas
para regiões mais carentes de carros com preços menores".
Também é comum existirem algumas financeiras especializadas no financiamento
destes veículos com mais idade. "Sempre com uma taxa de juros mais elevada,
porém, atendem este mercado, que é muito forte", salienta Cruz.
Pesquise e garanta a saúde do seu bolso
Caso o financiamento não caiba no seu orçamento e a solução seja mesmo
recorrer ao mecânico, faça uma pesquisa de preços e condições de pagamento em
mais de uma oficina.
Lembre-se daquele dito popular que diz que "o barato às vezes sai caro", por
isso, estude cuidadosamente cada preço e verifique se todos os serviços e peças
estão incluídos. Além disso, peça garantias, para o caso de ter de reaver o
conserto.
A mesma dica vale para aqueles que vão adquirir um novo automóvel: pesquise
preços. Olhe as condições dos veículos novos e também dos usados antes de fechar
a compra. Atualmente, com a facilidade de acesso à internet, é possível
pesquisar em lojas da sua região sem precisar encarar o trânsito e as longas
caminhadas.