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Finanças pessoais - Quer manter o orçamento em dia? Abuse da criatividade 

Data: 07/03/2011

 
 

Para manter o orçamento equilibrado, muitas vezes é preciso utilizar ferramentas para além de planilhas de controle financeiro. Determinadas situações exigem uma dose extra de criatividade. Seja no trabalho, seja na vida pessoal, ser criativo é perceber o que muitos não percebem. Quando se trata de finanças pessoais, ser criativo é buscar alternativas.

E, para quem quer sair das dívidas, ficar no azul e conseguir poupar, mesmo acreditando que o salário nunca é suficiente, é preciso pensar em uma série de alternativas. “Como nos livramos das dívidas e conseguimos poupar? Temos de equalizar a equação: ou entra mais recursos ou sai menos”, atenta o especialista em finanças do MoneyFit, Antonio De Julio.

Para ele, a criatividade do consumidor entra principalmente quando o assunto é gerar mais renda. “É preciso pensar se não existe a possibilidade de explorar determinada habilidade para ganhar mais”, acredita o economista e professor da Pós-Graduação da Trevisan Escola de Negócios, Ricardo Cintra.

De olho no cenário
Ser criativo para organizar o orçamento requer um olhar atento sobre a situação financeira atual. “Em primeiro lugar, é importante que a pessoa tenha a visão do orçamento. Tudo começa daí”, sugere Cintra. “Se você não se conhece, dificilmente você conseguirá criar. Não tem como você mudar sem saber o que”, completa De Julio.

Para o especialista, muitos consumidores deixam para enxergar oportunidades quando estão em uma situação crítica. “Nunca devemos deixar para sermos criativos desempregados, por exemplo”, avalia De Julio. E o motivo é simples: muitas vezes a ideia para entrar mais recursos também custa dinheiro.

“A dificuldade só começa a ser percebida quando ela se instala”, explica Cintra. Dessa forma, somente quando estão com o orçamento no limite é que muitos consumidores tentam buscar soluções para os seus problemas financeiros. “Se você perguntar para as pessoas quanto elas ganham, elas saberão responder. Quando você pergunta quanto elas gastam, elas não sabem responder”, avalia o professor.

Sem saber o que entra e o que sai, não é possível criar alternativas para sair do vermelho ou conseguir poupar. “Fazer o orçamento é o primeiro passo e isso não é ser criativo, é uma obviedade”, afirma Cintra. “Aí, sim, passamos para a parte da criatividade".

Explorando as possibilidades
Sabendo quais são suas dívidas, seus gastos e suas receitas, já dá para saber onde é possível criar possibilidades e ser criativo. E, de maneira geral, são dois os principais pontos a serem observados: os gastos e as receitas. De quanto você precisa para se livrar dos débitos? Qual a renda ideal que lhe permita pagar as contas sem atrasos, consumir de maneira consciente e ainda poupar para a realização de sonhos de consumo maiores?

Respondidas a essas perguntas, atente para a sua planilha. Para gerar receitas utilizar alguma habilidade pode ajudar: como fazer e vender doces, prestar consultoria sobre algum assunto do qual você é expert (dar aulas de inglês, por exemplo), acumular trabalhos freelancer. “Muitas pessoas começam com um segundo emprego e ele passa ser o primeiro”, afirma De Julio.

Controlar os gastos extras é outra possibilidade. Por isso, a necessidade de conhecer seu perfil de consumidor. “É preciso estancar as saídas de dinheiro injustificadas”, afirma Cintra. Um desses gastos que podem ser reduzidos é a alimentação fora de casa. “As pessoas tendem a gastar muito com isso. Mas é preciso haver um pouco de controle”, diz o professor.

Para evitar as saídas de dinheiro, o consumidor precisa utilizar bem a criatividade. Saber cozinhar pode diminuir gastos com alimentação fora de casa, customizar roupas também é fácil e ajuda o bolso. “Ele também pode buscar produtos similares aos que ele usa hoje e que são mais baratos”, afirma De Julio. Isso sem contar os produtos que podem ser reciclados, aqueles que podem ser confeccionados em casa, sem grandes custos.

Utilizar a criatividade para manter o orçamento em dia e para saber o que pode ser feito ou não dependerá das suas necessidades. Avalie-as antes de deixar a imaginação correr solta.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Camila F. de Mendonça
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