Ter acesso à educação financeira nos possibilita consumir com inteligência e
sem exageros, nos ensina a programar despesas e investir adequadamente
independente da classe social, basta ter renda. A partir disso, as pessoas
passam a ter um novo olhar sobre si, revêem valores, questões éticas, cuidado
com o próximo, entendem que todas as pessoas estão interligadas e que se não
adquirirmos comportamentos responsáveis, através de escolhas financeiras
inteligentes, do consumo consciente, não estaremos contribuindo para o modelo de
escassez no mundo.
A maioria dos brasileiros não está acostumado a planejar, a identificar o que
é necessidade, a se preparar para um possível período de crise financeira e a
consumir com responsabilidade. O endividamento pessoal e até familiar no que diz
respeito ao uso desenfreado do cartão de crédito, empréstimos financeiros e
inadimplência generalizada, são alguns dos grandes problemas, além de contribuir
para o aumento da inflação em algumas situações.
Portanto, é preciso educar uma nova sociedade para que os diversos aspectos
da educação financeira sejam disseminados, iniciativa que deve ser coordenada
através de parcerias, entre governo, ONGs, instituições financeiras e escolas.
Dessa forma, a ideia da educação financeira nas escolas poderá ser colocada em
prática beneficiando muitas crianças e jovens em todo o País, através da
capacitação adequada de professores e do desenvolvimento de material educativo
dinâmico e informativo com o objetivo de construir uma nova sociedade mais
responsável e informada sobre o uso do seu próprio dinheiro.
Para trabalhar o desenvolvimento de um Ser Sustentável é preciso fazer com
que as pessoas compreendam que é possível realizar seus sonhos e manter suas
conquistas ao longo do tempo, um equilíbrio entre o SER-FAZER-TER. Quando estes
valores são invertidos, o ser se desequilibra emocionalmente e se sente em um
vazio que parece somente ser suprido quando ele possui bens materiais no
presente, sem se preocupar com o seu próprio futuro e o futuro da humanidade. É
como se a pessoa vivesse somente no “aqui e agora”, sem se preocupar ou cuidar
de nada e de ninguém, nem consigo próprio.
No próximo mês de agosto, por meio de uma parceria entre The Money Camp e
ITESA (Instituto de Tecnologia Social Aplicada), o projeto “Educação Financeira
para Todos”, será aplicado para 250 crianças em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, entre 6 e 17 anos, na região Metropolitana do Estado de São
Paulo. As duas entidades envolvidas nesta iniciativa levarão os benefícios da
educação financeira por todo o País, nos próximos meses, também, por meio de
parcerias com órgãos governamentais, ONGs, escolas e empresas.Além disso, no
início do ano, o Colégio Castelo Branco, na capital Paulista, inseriu a
disciplina Educação Financeira na grade curricular para crianças com a faixa
etária entre 5 e 11 anos.