O assunto de hoje é novamente orçamento doméstico, tópico que considero
essencial para o planejamento financeiro pessoal.
Existem diversas ferramentas que ajudam a criar e atualizar o orçamento
doméstico: despesas, receitas, investimentos, contas a pagar, cartão de crédito,
cheques, entre outras.
Muitos números para organizar? Calma, não é hora de desespero. Existem
diversos programas e planilhas disponíveis na internet, que ajudam a colocar os
gastos de forma mais ordenada, alguns até permitem a criação de gráficos, para
aqueles que gostam de visualizar o orçamento de maneira diferente.
Para quem vai iniciar no assunto, recomenda-se o uso de planilhas mais
simples, que sugerem um maior detalhamento dos gastos (como exemplo pode-se
utilizar a planilha publicada anteriormente no blog). Já quem sentir necessidade
de uma maior sofisticação e inclusão de grande número de itens, pode recorrer
aos programas com mais recursos.
Com a ajuda do orçamento doméstico, é possível se planejar para separar uma
determinada quantia mensal para investir. O resultado desta poupança será o
alcance dos sonhos da família: fazer uma viagem, estudar, reformar a casa,
trocar o carro, etc. Fazer orçamentos ajuda no planejamento financeiro pessoal,
e isso não está vinculado à faixa de renda, mas sim à visão de como cuidar da
saúde do bolso.
Mão na massa
Mais importante do que escolher a ferramenta é saber que o orçamento
doméstico deve ser atualizado constantemente, e que ele é considerado uma das
fontes de informação para as decisões financeiras da família.
Para acompanhar o orçamento doméstico, não é obrigatório o uso de programas
ou planilhas existentes. O importante é montá-lo numa estrutura que permita o
registro de todas as receitas e despesas, seja no caderno, agenda, planilha ou
programa específico, fazendo os apontamentos periodicamente.
É possível criar seu próprio controle e identificar a melhor forma para
organizar as finanças, relacionando todos os itens com as seguintes informações:
data de vencimento, valor, destino do pagamento ou origem da receita.
Receitas: esta categoria engloba salários e todas as fontes de
rendimento extra (adiantamento, comissão, bônus, vendas, etc);
Despesas Fixas: aqui estão itens que normalmente são fáceis de
lembrar. São eles: plano de saúde, escola, habitação, prestação de carro, água,
luz, condomínio, telefone e qualquer outra despesa básica paga periodicamente.
Investimentos: depósitos regulares em caderneta de poupança,
previdência privada, título de capitalização ou qualquer outra aplicação que
gere retorno no futuro.
Despesas Variáveis: esta é a categoria em que se apresentam as maiores
dificuldades quanto ao registro, pois aqui estão os gastos diários como,
almoço/jantar fora de casa, presentes, passeios, recarga de celular, remédios. É
muito importante ter disciplina no registro das informações, caso contrário o
acompanhamento poderá ser falho e levar a surpresas desagradáveis.
Saldo: resultado da subtração de todas as despesas e investimentos das
receitas. É a partir da análise do saldo que poderá ser verificado se haverá
sobra ou falta de recursos no final do mês, o que permite a realização de
ajustes pontuais com o intuito de evitar dívidas.
Com o acompanhamento regular do orçamento doméstico, suportado pelo
planejamento financeiro pessoal, é possível desfrutar de certo conforto e
tranqüilidade com relação às finanças, resultando na obtenção de mais bens e
crescimento do patrimônio familiar.